Há quem diga que a poesia está morta e ninguém mais lê o que vem escrito em um papel, mesmo que esteja disposto nas linhas finas e douradas de um formoso cordel.
Originário do nordeste do nosso país, esse braço da literatura popular tem origem das tradições medievais europeias, principalmente de Portugal e Espanha. Seu nome é devido a forma como os folhetos eram expostos para venda. Pendurado em cordas em feiras e mercados, uma tradição que ainda hoje o acompanha.
Rimados e em forma de poesia, os versos trazem aventura, acontecimentos histórico, crítica social, política, religiosidade e claro, palavras de amor. Com versos simples e com métricas como a sextilha (estrofes de seis versos), o cordel resiste mesmo que muitas vezes seja ácido o seu humor.
Marcado pelo ritmo e pela oralidade, essa técnica facilita a memorização e declamação. Tal estrutura permite que os cordelistas usem uma linguagem acessível e direta. Na cultura nordestina, o cordel tem função concreta.
Por anos o cordel foi inferiorizado como manifestação cultural, mas hoje é parte importante do patrimônio imaterial nacional. De Leandro Gomes de Barros, Patativa do Assaré a João Martins de Athayde, são muitos os nomes que representam essa poesia tão plural.
Hoje, no Dia do Poeta da Literatura de Cordel, deixamos aqui o nosso parabéns e muito obrigado. Que essa parte da nossa história esteja sempre viva e nosso imaginário eternamente valorizado.
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