Com narrativas concisas, Alexandre Amorim percorre relacionamentos frágeis e intensos em coletânea de contos
Alexandre Amorim estreia na literatura com novo livro “52, casa 1”. A obra é uma coletânea de contos que atravessam quatro décadas de escrita. Com frases curtas e diretas, o autor constrói narrativas que exploram as complexidades dos vínculos humanos. Dessa forma, a obra aborda dos afetos aos conflitos mais profundos.
Assim, o livro revela a neurose dos relacionamentos impossíveis ou árduos – sejam eles românticos, familiares ou de amizade. Além disso, “52, casa 1”, publicado pela Editora Patuá, traz à tona a luta constante entre desejo e repressão.
“São temas que nos acontecem e nos afetam desde sempre. É praticamente uma leitura ficcional do ‘Mal-estar na Civilização’, de Freud”, explica Amorim.
Detalhes sobre o livro
Os contos de “52, casa 1” foram escritos em diferentes momentos da vida do autor, alguns em longos períodos de maturação, outros em apenas uma noite. O livro reúne atmosferas densas e personagens que transitam entre a vulnerabilidade e a violência. A proposta é costurar histórias que parecem emergir do inconsciente urbano.

Além disso, o estilo de Amorim reflete sua predileção pela concisão, herança de seus autores de referência. Dessa forma, o autor destaca seguir o passo de seus escritores favoritos, elegendo o conto como estilo. Sua escrita aposta em frases enxutas, que deixam espaços para que o leitor complete lacunas e ressignifique as situações narradas.
Com narrativas que traduzem a tensão entre intimidade e entranhamento, a coletânea revela personagens mergulhados em dilemas. Suas histórias funcionam como um espelho de nossas próprias fragilidades. Entre uma prosa seca e a densidade temática, o autor constrói um livro de impacto imediato, que evoca tanto Rubem Fonseca quanto João Gilberto Noll. No entanto, Amorim não deixa de imprimir sua marca pessoal em sua escrita.
Sobre o autor
Alexandre Amorim nasceu, cresceu e vive no Rio de Janeiro. Tem 59 anos e é doutor em Teoria Literária pela UERJ, instituição pela qual também concluiu graduação (1995), pós-graduação lato sensu (1998) e mestrado (2004). Concilia desde 2002 a carreira como analista de Tecnologia da Informação com sua trajetória literária e acadêmica.
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Sua caminhada inclui passagens como professor substituto na UERJ e na UNIRIO, tradutor e adaptador de peças teatrais, articulista de literatura no Jornal do Brasil e no CECIERJ.
Por fim, adquira “52, casa 1” no site da editora.