“Futuro Futuro“ foi o grande destaque do Festival de Cinema de Brasília, enquanto “Corpo da Paz“ e “Assalto à Brasileira“ também se destacaram entre os premiados
O 58º Festival de Cinema de Brasília encerrou sua edição no sábado (20), consagrando “Futuro Futuro“, de Davi Pretto, como o grande vencedor da mostra competitiva nacional de longas-metragens.
A trama, ambientada em um futuro próximo marcado por avanços tecnológicos e uma nova síndrome neurológica, conquistou os prêmios de melhor longa pelo júri oficial, melhor roteiro, melhor montagem e uma menção honrosa para o ator Zé Maria Pescador.
Além da vitória de Pretto, o festival foi marcado por homenagens, estreias e debates sobre os rumos do cinema brasileiro. A cerimônia de encerramento, apresentada pelas atrizes Bárbara Colen e Maeve Jinkings, reforçou o papel do evento como espaço de valorização da diversidade e da inovação no audiovisual nacional.

“Corpo da Paz” e “Assalto à Brasileira” dividem holofotes
Outro destaque foi “Corpo da Paz“, de Torquato Joel, que acumulou quatro prêmios técnicos: melhor edição de som, trilha sonora, direção de arte e fotografia.
O diretor celebrou o reconhecimento diante das dificuldades de produção de um filme ambientado na década de 1960 com recursos limitados.
Já “Assalto à Brasileira“, protagonizado por Murilo Benício, conquistou o público e levou o prêmio de melhor longa pelo júri popular. Benício também venceu como melhor ator, enquanto Christian Malheiros recebeu o troféu de melhor ator coadjuvante.

Curtas e homenagens emocionam a plateia
Nos curtas, o grande destaque foi “Laudelina e a Felicidade Guerreira“, de Milena Manfredini, que conquistou o prêmio de melhor curta pelo júri oficial, além de menções em categorias como montagem, temática afirmativa e o prêmio Zózimo Bulbul.
Um dos momentos mais marcantes da noite foi a homenagem a Fernanda Montenegro, primeira atriz premiada no Festival de Brasília em 1965.
Aos 95 anos, a artista recebeu o troféu Candango pelo Conjunto da Obra e, em vídeo, relembrou sua trajetória em mais de 40 produções brasileiras.
O festival reafirmou seu papel histórico como vitrine da produção nacional e espaço de reflexão sobre o cinema brasileiro contemporâneo.
Com a vitória de “Futuro Futuro” e a diversidade dos títulos premiados, a edição de 2025 destacou a força criativa de diferentes gerações de realizadores.
Os vencedores dos prêmios

Mostra Competitiva Nacional – Longa-Metragem
- Melhor Montagem: Bruno Carboni (“Futuro Futuro”)
- Melhor Edição de Som: Bruno Alves (“Corpo da Paz”)
- Melhor Trilha Sonora: Haley Guimarães (“Corpo da Paz”)
- Melhor Direção de Arte: Romero Sousa (“Corpo da Paz”)
- Melhor Fotografia: Rodolpho Barros (“Corpo da Paz”)
- Melhor Ator: Murilo Benício (“Assalto à Brasileira”)
- Melhor Atriz: Dhara Lopes (“Quatro Meninas”)
- Melhor Ator Coadjuvante: Christian Malheiros (“Assalto à Brasileira”)
- Melhor Atriz Coadjuvante: Maria Ibrain (“Quatro Meninas”)
- Melhor Roteiro: Davi Pretto (“Futuro Futuro”)
- Melhor Direção: Karol Maia (“Aqui Não Entra Luz”)
- Melhor Longa-Metragem (Júri Oficial): “Futuro Futuro“, de Davi Pretto
- Melhor Longa-Metragem (Júri Popular): “Assalto à Brasileira“, de José Eduardo Belmonte
- Prêmio Especial do Júri: “Quatro Meninas“, de Karen Suzane
- Menção Honrosa do Júri: Zé Maria Pescador (“Futuro Futuro”)

Mostra Competitiva Nacional – Curta-Metragem
- Melhor Montagem: “Laudelina e a Felicidade Guerreira“, de Milena Manfredini
- Melhor Edição de Som: Replika, de Piratá Waurá e Helisa Passos
- Melhor Trilha Sonora: Paulo Gama (“Ajude os Menor”)
- Melhor Direção de Arte: Rosana Urbes (Safo)
- Melhor Fotografia: Daniel Tancredi (“A Pele do Ouro”)
- Melhor Ator: Os 4 “Menor” (“Ajude os Menor”)
- Melhor Atriz: Laís Machado (Couraça)
- Melhor Roteiro: Patri, Marcela Ulhôa, Daniel Tancredi e Yare Perdomo (“A Pele do Ouro”)
- Melhor Direção: Piratá Waurá e Heloísa Passos (Replika)
- Melhor Curta-Metragem (Júri Oficial): “Laudelina e a Felicidade Guerreira“, de Milena Manfredini
- Melhor Curta-Metragem (Júri Popular): Couraça, de Susan Kalil e Daniel Arcades

Mostra Brasília – 27º Troféu Câmara Legislativa do DF
- Prêmio SESC-DF de Cinema:
- “Maré Viva, Maré Morta“, de Cláudia Daibert
- Rainha, de Raul de Lima
- “Dois Turnos“, de Pedro Leitão
- “O Cheiro do seu Cabelo“, de Clara Maria Matos
- Melhor Montagem: Raul de Lima (Rainha)
- Melhor Edição de Som: Olivia Hernandez (“Maré Viva, Maré Morta”)
- Melhor Trilha Sonora: C-Afrobrasil (Rainha)
- Melhor Direção de Arte: Douglas Queiroz (“A Última Noite da Rádio”)
- Melhor Fotografia: Elder Miranda Jr (“Dois Turnos”)
- Melhor Ator: Leonardo Vieira Teles (“A Última Noite da Rádio”)
- Melhor Atriz: Tuanny de Araújo (“Terra e Notas Sobre a Identidade”)
- Melhor Roteiro: Clara Maria Matos (“O Cheiro do Seu Cabelo”)
- Melhor Direção: Edileuza Penha e Edymara Diniz (“Vozes e Vãos”)
- Melhor Curta-Metragem (Júri Oficial): Três, de Lila Foster
- Melhor Curta-Metragem (Júri Popular): Rainha, de Raul de Lima
- Melhor Longa-Metragem (Júri Oficial): “Maré Viva, Maré Morta“, de Cláudia Daibert
- Melhor Longa-Metragem (Júri Popular): “Maré Viva, Maré Morta“, de Cláudia Daibert

Mostra Caleidoscópio (Troféu Candango)
- Melhor Filme (Júri FIPRESCI): “Uma Baleia Pode Ser Despedaçada Como uma Escola de Samba“, de Marina Meliande e Felipe Bragança
- Melhor Filme – Prêmio Jean-Claude Bernardet (Júri Jovem UnB): “Atravessa Minha Carne“, de Marcela Borela
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Prêmios Especiais
- Melhor Filme de Temática Afirmativa (Júri CODIPIR): “Laudelina e a Felicidade Guerreira“, de Milena Manfredini
- Prêmio Canal Brasil de Curtas (Melhor Curta-Metragem): Couraça, de Susan Kalil e Daniel Arcades
- Prêmio Canal Like (Melhor Longa-Metragem Júri Oficial): “Futuro Futuro“, de Davi Pretto
- Troféu Saruê Correio Brasiliense (Melhor Momento do Festival): José Eduardo Belmonte
- Prêmio Marco Antônio Guimarães (uso de material de memória, pesquisa e arquivo – Júri CPCB): “Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil“, de Evaldo Mocarzel
- Melhor Curta-Metragem (Júri da Abraccine): “Laudelina e a Felicidade Guerreira“, de Milena Manfredini
- Melhor Longa-Metragem (Júri da Abraccine): “Morte e Vida Madalena“, de Guto Parente
- Prêmio Zózimo Bulbul de Melhor Curta-Metragem (Júri APAN e Centro Afrocarioca de Cinema): “Laudelina e a Felicidade Guerreira“, de Milena Manfredini
- Prêmio Zózimo Bulbul de Melhor Longa-Metragem (Júri APAN e Centro Afrocarioca de Cinema): “Aqui Não Entra Luz“, de Karol Maia
- Menção Honrosa Zózimo Bulbul: “Cantô meu Alvará“, de Marcelo Lin
Imagem de capa: Reprodução/IMDB
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