O filme nacional A Alegria é a Prova dos Nove ganhou uma data de estreia. Após trajetória por inúmeros festivais, sua estreia nos cinemas comerciais brasileiros acontece nesta quinta-feira, 23 de maio.
O longa fez sua estreia mundial na 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em janeiro de 2023. Além disso, foi representante do Brasil no Festival de Munique, na sessão Independentes Internacionais (40th Filmfest München, Section: International Independents). A produção ganhou o Prêmio Especial do Júri da Competição Internacional do Festival Internacional de Cinema Feminino 2023 (FEMINA) e foi um dos destaques da seleção nacional da 47ª Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo.
Com Ney Matogrosso no elenco, o filme participou do Cinema Trindade, em Portugal, entre outros festivais.
Sobre “A Alegria é a Prova dos Nove”
No filme, Helena Ignez interpreta Jarda Ícone, artista, sexóloga e roqueira octogenária, como se define, enquanto Ney Matogrosso faz Lírio Terron, um defensor dos direitos humanos. Amigos e amantes de longa data, retomam, agora, as lembranças de uma viagem que fizeram, décadas atrás, no Marrocos Saariano, onde um fato marcante ficou em segredo por muitos anos.
De acordo com Ignez, uma das inspirações para o filme foi o trabalho da sexóloga americana Betty Dodson, que morreu aos 91 anos, em 2020. A diretora explica que durante o isolamento pôde mergulhar na obra da intelectual, que é nominalmente citada no longa, e essa pesquisa serviu de base para a personagem Jarda Ícone e os temas abordados no filme. E, nesse sentido, a cineasta aponta que este é um filme sobre o Brasil de hoje.
Helena retoma sua parceria com o amigo Ney Matogrosso. Juntos, já fizeram os filmes “Luz Nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha” (2010), “Ralé” (2015) e o curta “Poder dos Afetos” (2013). O filme tem produção executiva assinada por Helena Ignez e Michele Matalon.
Sinopse do filme
De acordo com a sinopse, “A Alegria é a Prova dos Nove” é um filme memorial, de amor, sobre a viagem realizada a Marrocos nos anos 70 por Jarda Ícone (Helena Ignez) artista, sexóloga e roqueira octogenária, como se define, e Lírio Terron (Ney Matogrosso) defensor dos direitos humanos. Na verdade, uma viagem que não acabou em suas vidas.
Jarda Ícone dá aulas presenciais e online sobre como as mulheres podem obter o seu próprio orgasmo. Sendo assim, com seu grupo de discípulas e amigas, desenvolve projetos feministas e artísticos autossustentáveis.
O longa é iconoclasta e político, mas nada politiqueiro no sentido tradicional. É uma ode aos movimentos underground e da contracultura. É, também, um hino à liberdade e seu título é uma homenagem a Oswald de Andrade, um dos principais nomes do modernismo brasileiro.
Por fim, a obra dirigida, roteirizada, produzida e protagonizada por Helena Ignez terá sessões em São Paulo, Rio de Janeiro (com o apoio do produtor cultural Cavi Borges), Curitiba e Fortaleza. A distribuição é da Mercúrio Produções e a classificação indicativa é 18 anos.