Heloísa Pires Lima utiliza a arte para compor uma obra literária em “Giraflor e Outros Jequitinhonhas”. A autora, que nasceu em Porto Alegre (RS), inspirou-se em dez telas do artista Gildásio Jardim para criar dez contos. Gildásio traz em suas obras a essência do Vale do Jequitinhonha, onde nasceu e vive. No entanto, de forma subjetiva, as obras dialogam com a memória afetiva de pessoas em qualquer parte do mundo.
Quem é Gildásio Jardim
Gildásio Jardim nasceu em Joaíma (MG), no Vale do Jequitinhonha, em 1981. Começou a desenhar ainda criança. Aos treze anos, começou a pintar, já morando na zona rural, na comunidade Abelha Brava, em Padre Paraíso (MG). Fez suas primeiras pinturas, feitas na cartolina, com tinta guache.
Cursou Geografia na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), na cidade de Joaíma. Nessa época, começou a pintar temas ligados ao curso, e desse modo, começou uma série de quadros sobre sua vivência e cultura no Vale do Jequitinhonha.
Começou a fazer telas com estampas de tecido, inspirado pela mãe que era costureira na comunidade rural. Até hoje, Gildásio já realizou mais de mil criações de pinturas, com uma técnica desenvolvida por ele. O artista confecciona telas com madeira e tecidos estampados como chita, tricoline e brim. Além das pinturas, retrata cenas cotidianas em 3D, sempre com personagens e cores do seu cotidiano.
Heloisa Pires Lima
Heloisa Pires Lima nasceu em Porto Alegre (RS), mas mudou-se para São Paulo ainda criança, onde reside até hoje. É formada em Psicologia e doutora em Antropologia. Heloísa é autora de diversos livros para crianças e jovens: “Histórias da Preta” (1998), e “Benjamin, o filho da felicidade” (2007). Agora lança “Giraflor” pela editora FTD, pela qual já havia publicado anteriormente. Além disso, é educadora, editora e pesquisadora. É uma das autoras do volume “De olho na cultura: pontos de vista afro-brasileiros” (2005), obra vencedora do I Concurso Nacional de Produção de Livros e Vídeos Sobre História, Cultura e Lite
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