Clássico de Stanley Kubrick ganhou continuação em 1984, mas poucos cinéfilos conhecem a história por trás de “2010: O Ano em que Faremos Contato“
Poucos filmes marcaram tanto a história do cinema quanto “2001: Uma Odisseia no Espaço“, de Stanley Kubrick. Lançado em 1968 e baseado no livro homônimo de Arthur C. Clarke, o longa revolucionou os efeitos visuais, elevou o gênero da ficção científica a um novo patamar e abriu discussões filosóficas sobre a existência humana e o papel da tecnologia.
Mas o que muitos não sabem é que a obra-prima de Kubrick tem uma continuação oficial. Lançada anos depois, o longa chama “2010: O Ano em que Faremos Contato” (1984).
Embora seja menos lembrada, a sequência também se inspirou em um livro de Clarke. Além disso, trouxe de volta elementos centrais da narrativa, como o enigmático monólito e o computador HAL 9000.
A diferença é que, desta vez, a trama apostou em um tom mais explicativo e direto. Assim, contrastando com a ambiguidade e a densidade filosófica do original.

“2001: Uma Odisseia no Espaço” – a revolução do cinema de ficção científica
O impacto de “2001: Uma Odisseia no Espaço” não pode ser subestimado. O filme foi pioneiro no realismo das imagens espaciais, na trilha sonora que mesclava música erudita a cenas de ficção, e na construção de uma atmosfera quase contemplativa.
Kubrick não ofereceu respostas fáceis: o longa deixou questões em aberto sobre a evolução da humanidade, o papel do monólito e o destino do astronauta Dave Bowman (Keir Dullea).
Além de sua estética inovadora, o filme transformou a forma como o público e a crítica encaravam a ficção científica, antes vista como um gênero menor.
Hoje, críticos e estudiosos consideram o filme um dos mais importantes já produzidos, e sua influência aparece em obras como “Interestelar”, “Blade Runner” e até em séries como “Black Mirror”.

“2010: O Ano em que Faremos Contato” – uma continuação pouco lembrada
Lançado em 1984 e dirigido por Peter Hyams, “2010: O Ano em que Faremos Contato” buscou dar continuidade ao mistério deixado por Kubrick.
A trama acompanha uma missão conjunta entre americanos e soviéticos em plena Guerra Fria, enviados a Júpiter para investigar o desaparecimento da nave Discovery e entender o que realmente aconteceu com Dave Bowman e HAL 9000.
Diferente do estilo contemplativo de Kubrick, Hyams optou por uma narrativa mais convencional, focada no diálogo e na tensão política da época.
Isso aproximou a sequência de um público maior, mas também afastou os fãs que esperavam a mesma complexidade filosófica do primeiro filme.
Ainda assim, o filme foi bem recebido pela crítica, indicado a cinco categorias do Oscar, incluindo efeitos visuais e direção de arte.
Apesar de não carregar o mesmo prestígio do original, críticos e fãs veem o segundo filme como uma continuação digna, que respeita o material de Clarke e responde a alguns dos enigmas deixados em aberto.
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Uma duologia que ainda gera debates
O primeiro filme se consagrou como um marco da história do cinema, enquanto o segundo ainda desperta curiosidade entre muitos cinéfilos.
A diferença de estilos entre Kubrick e Hyams ajuda a explicar por que o primeiro se tornou um clássico eterno, enquanto o segundo ganhou um lugar mais discreto na memória coletiva.
Ainda assim, para quem gosta de mergulhar em universos sci-fi complexos e filosóficos, assistir às duas produções em sequência pode ser uma experiência reveladora. Um provoca a reflexão; e o outro oferece parte das respostas.
Imagem de capa: Reprodução/IMDB
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