A Academia Brasileira de Letras (ABL), maior instituição literária do Brasil, completou 128 anos. Fundada em 20 de julho de 1897, seu principal objetivo é o cultivo da língua portuguesa e a preservação da literatura nacional. Composta por 40 membros efetivos e perpétuos, conhecidos como “imortais”, a ABL é fundamental para a valorização e preservação da memória literária brasileira. 

A instituição centenária realiza palestras, estudos, assim como faz publicações rotineiras sobre temas de interesse literário. Atualmente, os imortais são personalidades importantes da sociedade brasileira, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a atriz Fernanda Montenegro, assim como outros grandes nomes como Aílton Krenak, Lilia Schwarcz e Merval Pereira, que é o atual presidente da ABL.

Inspirada pela Academia Francesa, o movimento para a fundação da Academia Brasileira de Letras começou com reuniões preparatórias em dezembro de 1896. Um grupo de intelectuais, entre eles Machado de Assis (que se tornou seu primeiro presidente), Lúcio de Mendonça, Olavo Bilac, Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, estabeleceram as regras para a criação da ABL. 

 Júlia Lopes de Almeida participou da preparação, no entanto, foi impedida de ingressar por ser mulher.  As mulheres só puderam entrar oficialmente na Academia Brasileira de Letras (ABL) a partir de 1977. Foi nesse ano que a escritora Rachel de Queiroz se tornou a primeira mulher a ocupar uma das cadeiras.

Confira um trecho do discurso de Machado de Assis na sessão inaugural, em 20 de julho de 1897:

 Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai aos vossos sucessores, o pensamento e a vontade iniciais, para que eles o transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão.