A minissérie britânica Adolescência já chegou na Netflix no último dia 13. Desde o seu lançamento, a série se tornou um sucesso de audiência e está promovendo grandes debates na internet.
Criada por Jack Thorne e Stephen Graham, a série é a mais assistida da Netflix em 71 países, incluindo o Brasil. Além disso, o elenco é composto por Stephen Graham (criador da série), Christina Tremarco, Owen Cooper, Erin Dohery, Amelie Pease, Faye Marsey e Ashley Walters.
Com quatro episódios, Adolescência traz um formato inovador por ser filmado em plano sequência, técnica da qual as cenas são gravadas sem cortes. Para se ter uma breve noção da série, confira o trailer abaixo:
Apesar do sucesso estrondoso de público, a série vai muito mais além de um enredo de drama policial. A trama está levantando várias reflexões e debates a respeito de temas como: bullying, misoginia, violência e até um alerta sobre o acesso de jovens à internet, sem supervisão dos familiares.
Afinal, Adolescência da Netflix é um caso real?
Na série, o público acompanha Jamie Miller, um adolescente de 13 anos acusado de assassinar uma colega de escola, destacando as perspectivas da família de Jamie, da terapeuta infantil Briony Ariston e do detetive Luke Bascombe, que investigam o crime.
Diante as situações tão reais, muitas pessoas começaram a questionar se o trama baseia-se em alguma história real. Diante a tantas interrogações, o criador Stephen revelou em entrevista ao portal Tudum, da Netflix, que a inspiração veio de diversos casos reais, entretanto, de nenhum em específico.
Contudo, os criadores também disseram que durante a montagem da série, se espantaram com a raiva masculina. Isto é, os índices de ataques violentos praticados por homens contra mulheres.
Os episódios explicam os acontecimentos que antecederam e motivaram o crime. Assim, descobre-se que Jamie sofria bullying na escola, possuía baixa autoestima e problemas familiares. Tudo isso faz com que ele fique muito tempo recluso em seu quarto, participando de grupos online que estimulam a masculinidade tóxica.
Reflexo da realidade
Com isso, a série alerta sobre os perigos dos quais os jovens estão expostos até mesmo dentro de seu quarto, ao mesmo tempo, ressalta a importância do apoio familiar.
Além disso, também retrata a “cultura incel“: comunidades virtuais compostas por homens que se autodenominam como incapazes de ter um relacionamento ou uma vida sexual, porém culpam e ofendem outros grupos de pessoas. Sejam eles compostos por minorias, ou então por alvos de algum tipo de preconceito, por exemplo. Outro fator que caracteriza muito destes grupos é o uso do anonimato proposto pela internet para cometer os crimes, sem haver alguma consequência por estes.
Como resultado do enorme sucesso, Adolescência também rompeu as discussões para as esferas políticas do Reino Unido. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, propôs que a série seja apresentada em instituições de ensino para estimular diálogos sobre os efeitos prejudiciais do ambiente virtual tóxico.
Por fim, com uma abordagem inovadora e atuações elogiadas pela crítica, a série desempenha um papel fundamental na sociedade atual. Adolescência se destaca como uma produção impactante da Netflix que vai além do entretenimento. Oferecendo assim uma reflexão profunda sobre os desafios enfrentados pelos jovens na era digital. Você pode conferir os quatro episódios da minissérie na Netflix.
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