Amrum é um drama sobre a Segunda Guerra que fortalece presença do cinema alemão no mercado global

A Beta Cinema anunciou uma nova rodada de acordos internacionais para o filme Amrum, dirigido por Fatih Akin, que estreou no Festival de Cannes e chega aos cinemas da Alemanha pela Warner Bros. A expansão reforça o interesse de distribuidoras em produções que retratam conflitos históricos com abordagens contemporâneas.

Diversas distribuidoras adquiriram o longa em territórios como Austrália, Nova Zelândia, Índia, América Latina, Portugal, Escandinávia, Itália, Grécia, Turquia e Ucrânia.

Além disso, outros acordos, envolvendo países como Estados Unidos, França, Espanha e Japão, já haviam sido firmados no início do ano.

“Esses acordos refletem o apelo universal do filme”, afirmou Dirk Schürhoff, diretor-geral da Beta Cinema, para a Variety. Segundo ele, o projeto se consolidou como “um dos filmes alemães mais vendidos deste ano”.

Jasper Billerbeck em Amrum
Jasper Billerbeck em Amrum | Foto: Gordon Timpen/Warner Brothers

Produção europeia e contexto histórico

Ambientado nas semanas finais da Segunda Guerra Mundial, Amrum acompanha Nanning, um menino de 12 anos que descobre o segredo de sua família enquanto vive na isolada ilha de Amrum. Fatih Akin homenageia seu mentor, o cineasta Hark Bohm, em uma trama baseada em fatos reais.

O elenco conta com Jasper Billerbeck no papel principal, ao lado de Laura Tonke, Lisa Hagmeister, Matthias Schweighöfer e Diane Kruger.

A produção é assinada por Bombero International e Warner Bros. Film Productions Germany, em parceria com a Rialto Film, com apoio de instituições como FFA e BKM.

Paralelos com o cinema brasileiro

A trajetória de Amrum evidencia uma tendência crescente de produções independentes alcançarem destaque internacional ao tratar temas históricos sob óticas pessoais.

No Brasil, filmes como “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” (2006) e “A Vida Invisível” (2019) também exploraram contextos políticos e familiares marcados por períodos de repressão, atraindo atenção em festivais estrangeiros.

Assim como essas produções brasileiras, o novo trabalho de Akin mostra o potencial de narrativas intimistas ambientadas em momentos de transformação social.

A ampla distribuição de Amrum indica que o público global continua receptivo a histórias que revisitam o passado para compreender as tensões do presente.

Imagem de capa: Reprodução/IMDB