Clarice Lispector faz parte da exímia literatura brasileira. A autora nasceu em 10 de dezembro de 1920 e morreu em 9 de dezembro de 1977, às vésperas de completar 57 anos. 

Hoje, celebramos o aniversário de Lispector, uma das escritoras com obras mais traduzidas da literatura brasileira. Quem já consumiu alguma de suas produções percebe as características marcantes de sua escrita, que combina um fluxo de consciência, fragmentação e metalinguagem.

A vida de Clarice Lispector 

A escritora nasceu em 10 de dezembro de 1920, em Tchetchelnik, na Ucrânia. Seus pais eram judeus, buscando sair do país em busca de um lugar melhor para viver. Assim, eles e suas três filhas vieram para Maceió, em 1922. Anteriormente à mudança de país da família, Clarice se chamava Haia.

Posteriormente, em 1925, a família se mudou para Recife. Logo, em 1930, a autora escreveu seu primeiro texto literário. Se tratava de uma peça de teatro intitulada “Pobre menina rica, a qual não existe mais”. Nesse mesmo ano, sua mãe faleceu.

Mais tarde, fez faculdade de Direito e morou em diversos países na companhia do marido cônsul. Além disso, publicou muitos livros e também atuou como jornalista. Foi nesta época, ainda, que publicou seu primeiro romance, intitulado “Perto do coração selvagem”. A obra ganhou o prêmio Graça Aranha, como melhor romance do ano. 

A hora da estrela

Foto: Rocco

Pouco antes de morrer, em 1977, Clarice Lispector decide se afastar da inflexão intimista que caracteriza sua escrita para desafiar a realidade. 

A nordestina Macabéa é uma mulher miserável, que mal tem consciência de existir. Após perder seu único elo com o mundo, uma velha tia, ela viaja para o Rio, onde aluga um quarto, se emprega como datilógrafa e gasta suas horas ouvindo a Rádio Relógio. 

Apaixona-se, então, por Olímpico de Jesus, um metalúrgico nordestino, que logo a trai com uma colega de trabalho. Desesperada, Macabéa consulta uma cartomante, que lhe prevê um futuro luminoso, bem diferente do que a espera…

“Desculpai-me mas vou continuar a falar de mim que sou meu desconhecido, e ao escrever me surpreendo um pouco pois descobri que tenho um destino. Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?”

A escrita de Clarice Lispector

A autora sempre é lembrada pela forma pouco linear de suas obras. Isso acontece pela sua maneira de buscar alternativas para expressar paixões e estados da alma. Neste caso, Clarice decide utilizar recursos técnicos modernos, como a análise psicológica e o monólogo interior.

Portanto, ela é considerada uma escritora intimista e psicológica. Contudo, sua produção acaba por se envolver também em outros universos por diferentes perspectivas. Assim, sua obra também é social, filosófica e existencial.

Diante disso, suas histórias raramente têm um começo, meio e fim. O mundo fictício criado por ela vai além do tempo e do espaço. Além disso, seus personagens, majoritariamente femininos, enfrentam situações de limite, seja físico ou mental. Entre estas, podemos destacar “O Lustre” e “A Cidade Sitiada”

Clarice.ai – A inteligência artificial

Atualmente, estamos cobertos de uma diversidade de opções quando se trata de Inteligência Artificial (IA). Logo, não é nenhuma surpresa que até pessoas falecidas sejam inseridas, garantidamente, nesta nova realidade.

Clarice.ai é uma ferramenta de escrita e revisão de texto que utiliza IA para gerar e aperfeiçoar as produções textuais. O nome é uma homenagem à Clarice Lispector. 

Criada por brasileiros, a base de dados do sistema utiliza o português do Brasil para gerar artigos, anúncios, e-mails, textos para redes sociais, entre outros formatos. O grande diferencial da Clarice.ai é a parte de revisão de estilo, que ajuda a humanizar o texto e deixá-lo mais claro e conciso.