O roteirista Antonio Arruda estreia na literatura com “O corte que desafia a lâmina”. A publicação da Editora Cachalote fala sobre a vida e a morte, propondo a estética da cicatriz. O livro transita entre a ficção e a autobiografia, reunindo textos curtos, poéticos e viscerais. A obra será lançada em 3 de julho, no Memorial Imbuaça, em Aracaju (SE), com leitura de Rita Maia, Euler Lopes, Lindolfo Amaral e Rogério Santos Alves. A proposta da obra é atravessar experiências extremas por meio da linguagem.
Desse modo, o autor define o livro como o resultado do caminho do eu por suas dores e traumas, num embate entre o corte e a lâmina. Esse movimento orienta a proposta de uma “estética da cicatriz”, esta, tanto na forma quanto no conteúdo.
No conto de abertura, “Em nome do filho”, um homem precisa retirar uma parte doente do próprio corpo para tentar sobreviver. Em outra cena, alguém carrega a carcaça de uma tartaruga até o mar e afunda com ela. Dessa forma, os textos de Antonio Arruda transitam entre corpo, silêncio, rito e transformação.
De acordo com o autor, cada texto traz um acontecido inaudito de dor aguda e descreve a obra como um percurso em direção à epifania e ao estado da alma.
Sobre o autor
Nascido em 1977 na cidade de Guarulhos (SP), Antonio Arruda viveu a experiência da violência que ele transformou em linguagem e enfrentamento. Sua trajetória como homem gay assumido desde os 17 anos inspira sua criação.
Além disso, sua ligação intensa com a umbanda e religiões de matriz africana também permeia seus textos, que incorporam aspectos míticos, místicos e espirituais ligados à sua atuação como pai de santo. Formou-se em jornalismo pela Cásper Líbero e é mestre em Teoria e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo (USP).
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