Em “Geografia do Tempo”, Ary Quintella desenvolve uma travessia sensível entre memória, leitura e deslocamento. A obra reúne 16 textos que misturam o estilo da crônica, do diário e do ensaio literário. Em cada página, Quintella convida o leitor a visitar não apenas geografias externas, mas também os contornos sutis da experiência humana.
Com ênfase em viagens, livros e livrarias, ele junta fragmentos de história pessoal a uma reflexão mais ampla sobre o tempo que passa e, dessa forma, deixa vestígios. Assim, mostra como cada deslocamento é uma forma de olhar para dentro. Sua mensagem aos leitores é: “Se você está apaixonado (a), esse livro é para você. Se você gosta de viajar, esse livro é para você; se você tem gato ou cachorro, esse livro é para você; se você tem amigos, esse livro é para você.”
A leitura como conexão
Ary Quintella descreve em sua coletânea a transformação que a literatura tem na construção da identidade, pensamentos e sentimentos. Em suas histórias, conecta com sensibilidade, mostrando como os livros não são apenas objetos, mas elementos capazes de trazer conexão com emoções profundas.
Assim, ele escreve como quem retorna a lugares invisíveis. Mais do que um livro sobre o mundo, “Geografia do Tempo” é uma coleção de afetos. Quintella não busca respostas definitivas, mas prefere percursos. Seus textos nos lembram que o tempo, muitas vezes, é mais sentido do que contado. E que, entre a memória e o agora, há sempre um fio narrativo possível. Afinal, nem todo mapa precisa de bússola: às vezes, basta a palavra.
Sobre o autor

Ary Quintella é diplomata de carreira e atualmente ocupa o cargo de embaixador do Brasil na Malásia. Nascido no Rio de Janeiro, formou-se em Direito e ingressou cedo no Itamaraty, o que o levou a viver em diferentes países e a desenvolver um olhar plural sobre o mundo.
Com essa trajetória internacional, cultivou uma escrita profundamente marcada pela experiência e pelo deslocamento. Além de diplomata, Quintella é ensaísta e cronista, com publicações em revistas literárias e jornais. Em sua obra, transita com naturalidade entre literatura, memória e geopolítica, compondo uma voz reflexiva e sensível que observa o tempo com rara delicadeza.
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