Livro aborda estigma da “loucura” no Suriname pós-colonial
A poeta e romancista Astrid Roemer esteve recentemente no Brasil para participar da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), onde participou de conversas sobre temas importantes como feminismo e pertencimento. Nascida no Suriname em 1947, Astrid Roemer se mudou para a Holanda em 1966, aos 19 anos.
Ela foi a primeira escritora caribenha a receber o Prêmio P.C. Hooft, o Prêmio de Literatura Holandesa (2021), assim como foi selecionada para o International Booker Prize em 2025. Agora, seu romance “Sobre a loucura de uma mulher” (2025) acaba de chegar ao Brasil pela Companhia das Letras.
Enredo
A obra é um retrospecto da perspectiva acerca da “loucura feminina” na Europa nos séculos XIX e XX. Essa regra, de como as mulheres não deveriam ser, desqualificou a liberdade das mulheres. Assim, houve censura especialmente do comportamento feminino, uma vez que mulheres que não se comportavam como deveriam ser eram diagnosticadas como doentes. Além disso, foram inúmeros os casos de mulheres que sofreram intervenções, tratamento e internação em hospitais psiquiátricos.
Desse modo, em uma história de ficção ambientada no Suriname pós-colonial, acompanhamos uma personagem que sofre preconceito racial, violência, e solidão, sendo submetidas a tratamentos médicos que eram invenções da época.
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“Sob a loucura de uma mulher” foi um marco na literatura holandesa, e agora chega ao Brasil pela Companhia das Letras. A tradução é de Mariângela Guimarães e capa de Julia Custódio com arte de Panmela Castro.
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