Na manhã desta sexta-feira (17), faleceu a escritora sul-coreana Baek Se-hee, de 35 anos. A autora é conhecida por seu livro “Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki”. Além de ser popular por abordar temas delicados como depressão, ansiedade e solidão, Baek também deixa um legado literário marcado pela sensibilidade e pelo incentivo à reflexão sobre saúde mental.
Autora se tornou destaque na literatura coreana
Baek Se-hee tornou-se referência na literatura contemporânea por transformar experiências pessoais em reflexões universais, conseguindo equilibrar humor e esperança. Assim, sua escrita empática permitiu que leitores se sentissem compreendidos e menos sozinhos.
Essa abordagem conquistou não apenas o público sul-coreano, mas também leitores de outros países, com traduções de suas obras disponíveis em diferentes idiomas. Dessa forma, a autora também foi responsável por popularizar a literatura coreana em diversas partes do mundo.
O tradutor Anton Hur, responsável pela versão em inglês de “Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki”, prestou uma homenagem pública à autora. Em suas redes sociais, Hur expressou que “Seus leitores saberão que ela tocou milhões de vidas com sua escrita.”
Leia também: 1ª Feira Literária Antirracista acontece em São Paulo no dia 25/10
Conheça Baek Se-hee
Baek Se-hee nasceu em Seul, Coreia do Sul, e desde jovem demonstrou interesse pela escrita e pelas artes. Além disso, cresceu em uma sociedade que valoriza o sucesso acadêmico e profissional, o que a levou a buscar na literatura uma forma de lidar com sentimentos de ansiedade, solidão e questionamentos existenciais.
Baek começou sua carreira escrevendo ensaios e crônicas para revistas e blogs. Assim, ela compartilhou experiências pessoais de forma honesta e intimista. Sua escrita rapidamente se destacou por abordar a saúde mental sem rodeios. Dessa forma, ela se tornou uma voz importante na Coreia do Sul, contribuindo para quebrar tabus sobre depressão, ansiedade e sofrimento emocional.
Além da série que a consagrou, a autora também publicou títulos como “Eu acho que ninguém te amaria tanto quanto eu” (2021), “Quero escrever, não quero escrever” (2022) e “Meu coração é como o sol de verão” (2024).
Baek Se-hee registrou-se como doadora de órgãos e cinco pessoas tiveram suas vidas salvas após seu falecimento. A Korean Organ and Tissue Donation Agency (KODA), órgão responsável pela doação de órgãos na Coreia do Sul, destacou que a ação reforça o legado de empatia que marcou toda a sua trajetória.
As autoridades não informaram a causa da morte até o momento.
══════════════════════════════════════════════
📲 Entre no canal do WhatsApp
e receba novidades direto no seu celular e
Siga o Geekpop News no Instagram
e acompanhe conteúdos exclusivos.
Imagem de capa: Reprodução