Ano Cultural China-Brasil 2026 e o Festival do Rio destacam coproduções, animações e estreias chinesas no mercado audiovisual brasileiro
O Festival Internacional de Cinema do Rio anunciou que terá a China como país foco na edição de 2026, como parte do Ano Cultural China-Brasil. A programação, ainda em preparação, promete integrar produções chinesas e brasileiras, além de encontros de negócios voltados para a indústria audiovisual.
Segundo Walkiria Barbosa, diretora executiva e de marketing internacional do Festival do Rio, “A China é o maior mercado cinematográfico do mundo. Nossa intenção é reunir na edição de 2026 do festival as principais produtoras, streamers e exibidores chineses para um grande encontro de negócios e exibição de filmes chineses”.

Estreias e iniciativas chinesas no Brasil
No RioMarket, espaço de negócios do festival, o China Media Group (CMG) apresentou, ontem (3), suas iniciativas para o mercado latino-americano. O evento contou com a presença de Zhu Boying, diretor do escritório da empresa para a América Latina, e do cônsul da China, Tian Min.
Durante a apresentação, a CMG estreou “Shenzhou 13”, o primeiro filme 8K do país filmado no espaço. O longa retrata a rotina dos astronautas Zhai Zhigang, Wang Yaping e Ye Guangfu durante a missão Shenzhou-13, que estabeleceu um novo recorde de permanência em órbita, com 183 dias.
As imagens foram captadas em ultra-alta definição, incluindo registros feitos pelos próprios astronautas, com a perspectiva de Wang guiando a narrativa.
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Coproduções Brasil-China e animação infantil
Além da exibição de filmes, o Festival do Rio também funcionará como uma plataforma para coproduções entre Brasil e China. Nesse contexto, a LC Barreto, do Rio, e a CCTV Animation, subsidiária da CMG, estão desenvolvendo projetos conjuntos que incluem tanto uma série de animação quanto um longa-metragem.
A série “HoHo & The Tropical Sound Clash” terá quatro temporadas de 13 episódios de 10 minutos cada. Ela será exibida em canais de TV aberta no Brasil e na China.
Além disso, o showrunner João Amorim explicou que o personagem Panda HoHo embarca em aventuras pelo Brasil acompanhado de um mico-leão-dourado e uma capivara, explorando biomas, tradições culturais e promovendo lições sobre preservação ambiental.
Por outro lado, o longa “Amazonika – A Origem” apresenta a Floresta Amazônica como um elo entre culturas asiática e indígena brasileira. Nesse enredo, Panda HoHo se junta a Zo, um jovem que fala com a natureza, e à princesa guerreira Nika. Juntos, eles tem o objetivo de restaurar a harmonia em um mundo em crise.
Amorim também destacou que dois indígenas brasileiros atuam como consultores nos projetos, garantindo a autenticidade cultural: Benki Piyãko, do povo Asháninka, e Zezinho Yube, do povo Huni Kuin.
Dessa forma, com o foco no cinema chinês e nas coproduções nacionais, o Festival do Rio de 2026 se consolidará como um espaço estratégico para fortalecer a presença do Brasil na indústria audiovisual internacional. Além disso, pretende ampliar a circulação de conteúdos nacionais e estimular o intercâmbio cultural entre os dois países.
Imagem de capa: Reprodução/IMDB
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