De clássicos a best-sellers contemporâneos, conheça obras que mantêm viva a chama do melodrama
Na última sexta-feira (17), o remake de “Vale Tudo” (2025), adaptado por Manuela Dias para a Rede Globo, chegou ao fim. Com novos desfechos e revelações, o final da novela das nove simboliza o fim de um capítulo de comunhão. No entanto, o melodrama tão típico da telenovela também pode ser encontrado na literatura.
Apesar de não ter tido uma média de audiência tão alta, ficando acima apenas de “Mania de Você” (2024) e “Um Lugar ao Sol” (2021) – de acordo com dados do Notícias da TV, a novela obteve sucesso no âmbito cultural. De modo geral, as inconsistências no roteiro e o distrato de certos personagens não afetaram a popularidade da novela.
O impacto de “Vale Tudo”
Durante os últimos sete meses, “Vale Tudo” foi discutida em todo encontro entre amigos e família, todos os grupos de mensagens e até em conversas no ambiente de trabalho. Com grande repercussão nas redes sociais, a novela mobilizou número significante de brasileiros.
Dessa forma, o melodrama de Odete Roitman e as tramas elaboradas de Maria de Fátima vão deixar saudade no imaginário nacional. Assim, é interessante pensar em obras que podem suprir a sede por uma narrativa caótica, mas sempre intrigante. A seguir, alguns dos livros que podem aliviar a saudade de “Vale Tudo”.
“A Amiga Genial”, de Elena Ferrante
Dentre os livros que lembram o ritmo e a maneira de contar uma história, “A Amiga Genial”, de Elena Ferrante, se destaca. Assim, o primeiro volume da “tetralogia napolitana” é narrado por Elena Greco, ou “Lenu”, e conta os primeiros 16 anos da sua amizade com Rafaella Cerullo, ou “Lila”. As duas jovens italianas moram na cidade de Nápoles e se admiram, competem, brigam e se amam.

Para além da abordagem complexa da amizade feminina, Ferrante aborda as mudanças na Itália no pós-guerra e a maneira como o dinheiro e a ambição moldam as relações sociais daquela comunidade. Com muita discussão, fofoca, confusão e traumas, o livro insere o leitor na Itália do século XX.
“O conde de Monte-Cristo”, de Alexandre Dumas
Outro livro que forma a lista é “O conde de Monte-Cristo”, uma obra clássica da literatura francesa. O romance oferece reviravoltas dignas de uma novela das nove. Dessa forma, a narrativa gira em torno do promissor marinheiro Edmond Dantè, preso por um crime que não cometeu. Ao sair da prisão, Edmond vai à busca de vingança contra seus inimigos.
Dessa forma, o romance de aventura francês tem autoria de Alexandre Dumas e foi concluído em 1844. Apesar de se passar em um tempo distante do de “Vale Tudo”, o livro conta com o tom melodramático, típico de uma novela, para contar sua história.
“Éramos Seis”, de Maria José Dupré
O terceiro livro desta lista é o romance nacional “Éramos Seis”, de Maria José Dupré. Com a capital paulista como cenário, este livro se passa entre as décadas de 1910 e 1940. Nele, a saudosa D. Lola relata o dia a dia vivido ao lado do marido e de seus quatro filhos.

Da mesma forma que o livro anterior, a obre se passa em um período diferente da novela de 2025. No entanto, o leitor se vê envolvido pelas alegrias, dramas e adversidades da família Lemos, tal como ele fazia com os núcleos de “Vale tudo”.
“Malibu renasce”, de Taylor Jenkins Reid
Em seguida, o romance contemporâneo “Malibu renasce”, com autoria da escritora norte-americana Taylor Jenkins Reid também dialoga com o tema. O livro conta a história da família Riva, que dá uma festa anual para comemorar o fim do verão da sociedade de Malibu, Califórnia.
Assim, a obra conta a história da festa de 1983, apresentando a trajetória dos quatro irmãos Riva, aonde eles se encontram e se distanciam. Além disso, o livro trata das tramas e paixões que entrelaçam essas quatro vidas. Com uma linguagem mais acessível, o livro consegue envolver rapidamente o leitor que quer mergulhar em um mundo fictício caótico e sempre brilhante.
“Ciranda de pedra”, de Lygia Fagundes Telles
Por fim, o quinto livro é o romance de 1954 da renomada autora Lygia Fagundes Telles, “Ciranda de pedra”. Sua popularidade é tão grande que a obra já rendeu duas telenovelas para a Rede Globo – uma edição em 1981 e outra em 2008.
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Em resumo, a narrativa acompanha um casal de classe média, com três filhas, que se separa. Virgínia, a caçula, é a única das filhas a ir morar com sua mãe. A partir de sua vivência solitária, o livro traça dramas ocultos que sustentam a imagem da família. Dessa forma, a obra lida com loucura, traição e morte – todas as forças motoras de uma boa telenovela.
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