49ª Mostra Internacional de Cinema em SP premiou 15 produções e anunciou novos investimentos no setor audiovisual
A 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo encerrou suas atividades na noite de quinta-feira (30) com a cerimônia de premiação realizada na Cinemateca Brasileira. Ao longo de duas semanas, o evento exibiu produções de diferentes países e consagrou quinze filmes em diversas categorias.
O grande destaque da noite foi “The President’s Cake“, de Hasan Hadi, coprodução entre Iraque, Estados Unidos e Catar, que levou o principal prêmio da Mostra.
O júri internacional, composto por Atilla Salih Yücer, Daniel Dreifuss, Denise Fernandes, Laura Mora e Peter Debruge, também concedeu o prêmio especial a “DJ Ahmet“, de Georgi M. Unkovski, e uma menção honrosa a “A Luta“, de Jose Alayón. Na categoria de melhor atuação, Doha Ramadan foi reconhecida por sua performance em “Feliz Aniversário“, dirigido por Sarah Goher.

Virtuosas conquista o Prêmio Netflix e amplia visibilidade do cinema nacional
Entre os vencedores, o longa brasileiro Virtuosas recebeu o Prêmio Netflix, que reconhece produções com potencial de alcance global. A obra, dirigida por uma equipe independente, destacou-se entre os concorrentes por sua abordagem narrativa e pela repercussão junto ao público durante as exibições.
O reconhecimento representa um impulso importante para o cinema nacional dentro das plataformas de streaming, fortalecendo a presença do audiovisual brasileiro em circuitos internacionais.
Além do Prêmio Netflix, a cerimônia distribuiu troféus Bandeira Paulista, criados por Tomie Ohtake, e manteve categorias tradicionais como o Prêmio do Público, Prêmio da Crítica, Prêmio Brada, Prêmio Abraccine e o novo Prêmio Prisma Queer, que passou a integrar a programação desta edição.

Novos investimentos e filmes premiados em repescagem
Durante o evento, a Secretária Nacional do Audiovisual, Joelma Gonzaga, anunciou o lançamento do edital Rouanet Festivais, com investimento de R$ 17 milhões. O recurso é destinado à democratização do acesso ao cinema e ao fortalecimento da difusão audiovisual em todo o país.
A iniciativa reforça o papel da Mostra como espaço de promoção cultural e de incentivo à produção independente. Além disso, o encerramento contou ainda com a exibição de “Jay Kelly“, novo filme de Noah Baumbach, distribuído pela Netflix.
Parte dos longas premiados integra a repescagem da Mostra, que ocorre entre os dias 31 de outubro e 5 de novembro no CineSesc, Cine Satyros Bijou e Cultura Artística.
Com premiações, anúncios e novas perspectivas, a 49ª edição da Mostra Internacional de Cinema reafirma sua importância como um dos principais eventos culturais do país e vitrine para o cinema mundial.
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Veja todos os vencedores
Prêmio do Júri
- Melhor Filme: “The President’s Cake”, de Hasan Hadi (Iraque, EUA, Catar)
- Prêmio Especial: “DJ Ahmet”, de Georgi M. Unkovski (Macedônia do Norte, República Tcheca, Sérvia, Croácia)
- Menção Honrosa: “A Luta”, de Jose Alayón (Espanha, Colômbia)
- Melhor Atuação: Doha Ramadan pelo filme “Feliz Aniversário”, de Sarah Goher (Egito)
Prêmio do Público
- Melhor Filme de Ficção Brasileiro: “Criadas”, de Carol Rodrigues (Brasil)
- Melhor Documentário Brasileiro: “Cadernos Negros”, de Joel Zito Araújo (Brasil)
- Melhor Filme de Ficção Internacional: “Palestina 36”, de Annemarie Jacir (Palestina, Reino Unido, França, Dinamarca, Noruega, Catar, Arábia Saudita, Jordânia)
- Melhor Documentário Internacional: “Yanuni”, de Richard Ladkani (Áustria, Brasil, EUA, Canadá, Alemanha)
Crítica
- Melhor Filme Internacional: “A Sombra do Meu Pai”, de Akinola Davies Jr. (Reino Unido, Nigéria)
- Melhor Filme Brasileiro: “A Natureza das Coisas Invisíveis”, de Rafaela Camelo (Brasil, Chile)
- Prêmio Brada | Melhor Direção de Arte: Jennifer Anti e Pablo Anti pelo filme “A Sombra do Meu Pai”, de Akinola Davies Jr. (Reino Unido, Nigéria)
- Prêmio Abraccine: “O Pai e o Pajé”, de Iawarete Kaiabi, codirigido por Felipe Tomazelli e Luís Villaça (Brasil)
- Prêmio Netflix: “Virtuosas”, de Cíntia Domit Bittar (Brasil)
- Prêmio Paradiso: “Coração das Trevas”, de Rogério Nunes (Brasil, França)
Prêmio Prisma Queer
- Melhor Filme Internacional: “Queerpanorama”, de Jun Li (EUA, Hong Kong, China)
- Melhor Filme Brasileiro: “A Natureza das Coisas Invisíveis”, de Rafaela Camelo (Brasil, Chile)
- Prêmio Especial do Júri: “Morte e Vida Madalena”, de Guto Parente (Brasil, Portugal)
Imagem de capa: Fertival do Rio/Reprodução
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