Catalina de Erauso inspirou romance de Gabriela Cabezón Câmara

A Companhia das Letras apresenta uma nova edição do livro da escritora argentina Gabriela Cabezón Câmara, “As Meninas do Laranjal” (2023). A obra narra histórias de mulheres silenciadas historicamente, mas que, com superação, conseguiram conquistar seu lugar na história. O livro já ganhou prêmios importantes como o Ciutat de Barcelona e o Prêmio de Literatura Sor Juana Inés de la Cruz.

A nova edição da Companhia das Letras conta com capa de Alceu Chiesorin Nunes e imagem de 1991 de Lorenzato. “As Meninas do Laranjal” está disponível no site da editora.

Crédito: Reprodução | Instagram (@companhiadasletras)

“As Meninas do Laranjal” é inspirado na vida de Catalina de Erauso, a “Monja Alferes” (Freira Alferes), que viveu no final do século XVI. Catalina se vestiu de homem e participou da conquista da América pelo Reino da Espanha. Nascida em 1592, apesar de sua conquista, Catalina se tornou uma pessoa controversa, uma vez que, lutando pelo exército, promoveu o extermínio de inúmeros povos originários.

No entanto, em “As Meninas do Laranjal”, a autora recria essa personagem histórica. No livro, Catalina ou Antonio de Erauso não compactua com a estratégia imposta pela Coroa Espanhola, fazendo com que, desse modo, a autora crie uma narrativa de ficção.

Sobre a autora

Gabriela Cabezón Cámara é uma escritora, jornalista, socio ambientalista e ativista feminista argentina. Considerada uma das figuras mais proeminentes da literatura argentina e latino-americana contemporânea. Nasceu em San Isidro, na Argentina, e estudou na Universidade de Buenos Aires. 

Foi editora de Cultura do jornal argentino Clarín. Publicou seu primeiro romance, “La Virgem Cabeza” em 2009. Após algumas obras bem sucedidas, publicou “As Meninas do Laranjal” em 2023, que contou com uma excelente repercussão, não apenas na Argentina e nos países latinos, mas em todo o mundo.