A cidade de Belém, capital do Pará recebe entre os dias 10 e 21 de novembro a 30ª edição da Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30). É o principal fórum internacional para negociação climática, no qual os países revisam e planejam as ações de combate às mudanças do clima.
A COP 30 deverá reunir líderes mundiais, cientistas e representantes da sociedade civil. Também está confirmada a presença de artistas brasileiros como Gilberto Gil, Fafá de Belém e Seu Jorge.
Além de discutir os impactos no clima, a COP 30 também será um momento de celebração à cultura amazônica. Por isso, a organização do evento planeja homenagear o falecido autor paraense Dalcídio Jurandir. O autor é considerado um dos maiores expoentes literários da Amazônia e portanto, receberá uma homenagem.
Escritor e jornalista, Dalcídio Jurandir era romancista e autor de duas obras que marcaram a literatura do Pará: “Chove nos Campos de Cachoeira” (1941) e “Belém do Grão Pará” (1960). Vencedor dos prêmios Dom Casmurro e Machado de Assis, faleceu em 1979 aos 70 anos.
Lançamentos especiais

O evento contará com vários lançamentos literários. O professor aposentado da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Marcílio de Freitas, apresenta 11 obras, todas com temáticas voltadas para a Amazônia.
Os livros oferecem alternativas de debates que transitam entre questões regionais e globais, sobre os desafios que a Floresta Amazônica enfrenta com as mudanças climáticas. O autor descreve por meio não apenas da poesia, mas também de ensaios científicos e de ficção, uma forma de chamar o leitor para a ação.
Manifesto pelo florescer da diversidade

A Dantes Editora apresenta o livro “Manifesto pelo florescer da diversidade“, dos antropólogos britânicos Jerome Lewis e Chris Knight. A obra conta com edições separadas (uma em português e outra em inglês) além da conferência, também estará disponível internacionalmente. O livro tem ilustrações feitas por mulheres indígenas das Escolas Vivas e por lideranças do povo Ashaninka.
Desse modo, traduz em palavras e imagens a visão de que o florescimento da diversidade é uma condição vital para a continuidade da vida na Terra. Além disso, páginas do manifesto foram transformadas em cartazes destacáveis, em português e inglês. Esses cartazes circularão pelos espaços da cidade e nas áreas de credenciamento da conferência.
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Sobre os autores
Chris Knight é professor catedrático e antropólogo evolucionário. Autor e ativista político, é autor do livro “Relações de sangue: menstruação e as origens da cultura” (1991). Desde que se aposentou, é pesquisador associado no University College London e analisa como língua, ritual e religião começaram a emergir entre nossos ancestrais remotos, os caçadores-coletores. É membro fundador do Radical Anthropology Group [Grupo de Antropologia Radical], que oferece palestras semanais e disponibiliza gratuitamente ao público as pesquisas antropológicas mais recentes.
Jerome Lewis é professor catedrático em antropologia no University College London. Trabalha com caçadores-coletores nas florestas tropicais do norte de Congo-Brazzaville desde 1993. Desde então, publica obras sobre suas políticas igualitárias, tabus e mitos. Do mesmo modo, fala sobre o papel de rituais, música e dança na governança de uma sociedade sem líderes.
Além disso, Jerome conduziu pesquisas aplicadas que desenvolveram a primeira lei para reconhecimento dos direitos dos povos indígenas na África. Também advoga para a valorização dos esforços de conservação indígenas, para suas terras e para uma melhor representação usando novas tecnologias. É diretor do Centre for Anthropology of Sustainability (Centro de Antropologia Sustentável) e do Flourishing Diversity (Florescer da Diversidade).
Crédito: Estratégia Vestibulares
Matéria em Atualização
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