Novo filme da Netflix traz Miranda Cosgrove e Pierson Fodé como um casal protagonista que troca farpas o tempo todo, mas não esconde a química em meio a um reality show de relacionamento

O que você faria para conseguir realizar o seu sonho? No caso de Dawn, ela aceitou entrar em um reality show de relacionamento para conseguir ir para Paris. Essa é a história de A Paris Errada (“The Wrong Paris”), nova comédia romântica da Netflix que aquece o coração do telespectador da mesma forma que lhe rende boas risadas.

No longa, a protagonista vivida por Miranda Cosgrove nasceu e foi criada no Texas. Porém, a jovem sonha grande e fica animada quando finalmente recebe a carta de aceitação de uma escola de arte em Paris. O grande problema é que ela não possui o dinheiro necessário para a viagem, o curso e a estadia para ficar na capital francesa. E é nesse momento que surge Emily (Emilija Baranac) com a ideia de inscrevê-la em um reality show de relacionamento.

Ela sonhava em conhecer a França, mas foi enganada

O roteiro gosta de dar ênfase desde as primeiras cenas que Dawn sonha em ir para França. Então, quando aceita a proposta maluca da irmã de se inscrever no reality show, ela só tem um plano: ir para Paris e conseguir ser eliminada logo na primeira semana do programa. No entanto, já nas cenas das entrevistas com as futuras candidatas, é possível perceber que existe uma informação oculta que a produção do programa está escondendo das concorrentes.

Assim que Dawn consegue a vaga no reality, ela e sua família pensam que tudo está seguindo conforme o planejado. Só que não! No instante em que as candidatas saem do avião, vem a surpresa: elas estão em Paris, uma cidade do Texas. Ou seja, a jovem não está nem duas horas de distância de casa.

As atrizes que atuam nesta cena conseguem entregar atuações divertidas, porque cada concorrente tem uma reação diferente ao se deparar com a situação. Inclusive, um ponto alto do filme são os depoimentos das candidatas, como se o telespectador estivesse, de fato, assistindo ao programa.

Após a revelação do local, Dawn descobre que terá que participar do programa, ou perderá o dinheiro do cachê. Como ela precisa do valor para realizar o sonho de ir para a escola de artes no continente europeu, ela acaba embarcando na “aventura”. Porém, ela não imagina a surpresa que o destino estava preparando.

Cena do filme "A Paris Errada", protagonizado por Miranda Cosgrove
Cena de Miranda Cosgrove em “A Paris Errada”. Crédito: Divulgação/ Netflix

Romance que surge em meio a uma competição

A química entre Dawn e Trey McAllen (Pierson Fodé) é perceptível desde a primeira cena do casal, quando eles se esbarram em um bar. Os atores conseguem se conectar com apenas um olhar, o que acaba instigando o público a torcer por eles. Mesmo após descobrimos, momentos depois, que ele é o bilionário que está em busca de uma esposa no reality show.

O que era para ser uma eliminação na primeira oportunidade, vira uma verdadeira competição pela atenção de Trey. Enquanto Dawn tem seu coração conquistado aos poucos pelo cowboy, ela também fica motivada pelo valor que as vencedoras das atividades diárias do reality ganha. Ou seja, ela acaba se envolvendo em uma grande confusão. A história chega a ser divertida e cativante na medida certa, rendendo momentos de vergonha alheia sem ficar cansativo.

Obviamente, nem tudo é perfeito. É claro que tem que haver um clímax na história e uma vilã – concorrente de Dawn – para atrapalhar o casal apaixonado. Madison Pettis faz um bom trabalho na pele de Lexi Miller, tanto que o telespectador pode chagar a sentir antipatia pela jovem influencer. E justamente quando o casal estava feliz, a garota tinha que descobrir o segredo de Dawn. Um clássico das comédias românticas está presente no roteiro: a falta de comunicação entre os personagens principais.

 O protagonista e todas as participantes do reality show do filme "A Paris Errada"
Pierson Fode ao lado das participantes do reality show no filme “A Paris Errada”. Crédito: Divulgação/ Netflix

Vale a pena assistir “A Paris Errada”?

O roteiro não chega a ser tão inovador dentro do gênero, mas tem um frescor por escolher contar a história através de um formato de reality. Existem cenas como se fosse os bastidores, mas também momentos em que sentimos que estamos assistindo ao programa em questão (com o “filme” ficando em segundo plano). A competição chega a ser envolvente e prende a atenção fica presa na tela, principalmente quando temos as provas. Esses são os momentos mais cômicos do longa.

Se você está buscando um filme leve, que arranque boas risadas e aquece o coração, “A Paris Errada” acaba sendo uma opção perfeita. O longa é um acerto da Netflix, por ser algo original (sem se basear em uma obra literária) e por ter uma produção que entrega exatamente o que o telespectador espera ao ver a premissa da produção.

Crédito da imagem de capa: Divulgação/ Netflix