Estreia essa semana o filme “A Queda”, longa de suspense que se passa em uma agoniante antena a centenas de metros de altura.
O filme dirigido por Scott Mann conta uma história simples, com contornos que misturam amor, ódio, sobrevivência e esperança. O problema … vou falar nos problemas por último. Becky, interpretada por Grace Caroline Currey (Shazam), e Hunter, personagem de Virginia Gardner (Marvel’s Runaways) são amigas, que adoram aventuras e alturas. O elenco ainda conta com Jeffrey Dean Morgan, de The Walking Dead, Supernatural, que apesar de aparecer bem pouco, entrega tudo que tem.
Após a perda trágica de seu marido em uma escalada, Becky acaba se recolhendo em sua tristeza e depressão. Dessa forma, é quando Hunter tem uma ideia, escalar a antiga Torre de TV B67 no meio do deserto da Califórnia. São 600 metros acima do solo, em uma antena velha, enferrujada, longe de tudo. Vale ressaltar aqui que a torre do filme é inpirada filmente na torre KXTV/KOVR. E o diretor convidou vários arquitetos para ajudar a recriar a base e o topo, para que as filmagens pudessem acontecer, em uma torre menor e simulada.
Um filme com roteiro bobo e uma intensidade necessária
A grande sacada de Scott foi transformar esse filme num thriller alucinante e um grande espetáculo visual. Um roteiro que tem uma premissa simples e objetiva, uma escalada de tensão (com o perdão do trocadilho). Mas todas as intercorrências que acontecem lá em cima são de tirar o fôlego. Sendo assim, aqui eu quero fazer um alerta bem importante, se você tem medo de altura ou vertigem, cuidado, mesmo sendo um filme a aflição é muito grande.
Nós já vimos filmes de sobrevivência em extremos, como 127 horas com James Franco, ou Everest (2015). Mas esse tem uma peculiaridade que o torna diferente de tudo, a excelente fotografia, que te leva realmente ao limite do céu, a 600 metros de altura. Essa parte é impecável.
Eu gostei bastante da atuação da Grace Caroline, ela de fato me fez acreditar em cada segundo do filme que estava a mais de 600 metros do chão. Ela está ótima no papel, mesmo com um roteiro tão atrapalhado. E eu quero frisar no atrapalhado, porque insere elementos na trama que não fazem o menor sentido, que não alteram em nada o curso da história e acabando comendo tempo que poderiam ser usados para melhorar momentos mais importantes, como a última cena. Entretanto, o plot twist do final, esse sim me pegou de jeito. Surpreendente, apesar de talvez ser um pouco previsível (para quem presta atenção nos detalhes viu!). Por falar em detalhes, vou dar uma nota bem baixa para o pessoal da continuidade, foram insuficientes e muito. Tem várias cenas que é nítido o problema de continuidade.
Enfim, de qualquer forma, é um filme intenso, muito intenso, que diverte um pouco, mas te mantém firme e preso de olho na tela para saber o que vai acontecer. Vale a pena assistir no cinema, provavelmente você irá se surpreender.
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