Um drama fantástico que aquece o coração e faz pensar sobre o que realmente importa.
Mike Flanagan deixa o terror de lado para entregar um filme emocionante e reflexivo. A Vida de Chuck, adaptação do conto de Stephen King, mergulha em temas como memória, tempo e finitude, com Tom Hiddleston em uma das melhores atuações de sua carreira.
A força de uma história fora do comum
A Vida de Chuck (2024) surpreende desde sua proposta: começar pela morte e voltar, aos poucos, até a infância de Charles Krantz. A estrutura invertida poderia soar confusa, mas o roteiro encontra equilíbrio ao mostrar que uma vida não é feita apenas de início e fim, mas das conexões construídas no caminho. O longa adapta Stephen King de forma delicada, fugindo do terror explícito para mergulhar em temas universais como arrependimento, solidão e esperança.

Elenco afinado e atuações marcantes
Tom Hiddleston entrega uma performance sensível e etérea, como se seu Chuck estivesse sempre à beira do desaparecimento. Jacob Tremblay e Benjamin Pajak representam fases diferentes do personagem com doçura e melancolia, enquanto Mark Hamill brilha como o avô Albie, em uma de suas atuações mais intensas. O elenco reforça o tom humano da obra, tornando cada arco emocionante.

Uma direção que aposta na emoção
Mike Flanagan abandona o terror de sustos para investir em uma narrativa contemplativa. A câmera se concentra em gestos, silêncios e olhares, valorizando o que não é dito. O resultado é um cinema de respiro, onde cada plano carrega poesia. A trilha sonora melancólica, somada à montagem fragmentada, dá ao filme um ritmo próprio, que exige entrega do espectador.

Entre melancolia e celebração
Apesar do peso do tema, no entanto, A Vida de Chuck não é sobre a morte, mas, sim, sobre tudo o que vem antes dela. Em outras palavras, é uma carta de amor à vida e às pequenas memórias que nos definem. Por isso, o filme emociona justamente porque nos lembra de algo simples: o verdadeiro terror não é o sobrenatural, e sim a passagem do tempo e a espera inevitável do fim.
Vale a pena assistir?
Definitivamente. A Vida de Chuck é um daqueles filmes que aquecem o coração, nos fazem refletir sobre escolhas e conexões, e ainda por cima, oferecem uma experiência de cinema rara hoje em dia: a de sair transformado da sala. Sendo assim, mesmo sem ser um terror clássico, é indispensável para os fãs de Stephen King e para quem busca um drama humano, emocionante e inspirador.
A Vida de Chuck estreia exclusivamente nos cinemas brasileiros em 4 de setembro de 2025.
Imagem de Capa — Crédito: Neon / IMDB
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