Atenção: Esta crítica pode conter spoilers!

Com direção de Matt Carter, o dramático romance gay da A2 Filmes “Ao seu lado”, ganha vida através de Mark (Alexander Lincoln) e Warren (Alexander King). O roteiro de Matt Carter e Adam Silver se desenvolve ao passo que os jogadores de rúgbi se envolvem em um amor proibido. Cheio de drama e intensidade, o filme dura 2h e 14 min. A classificação é 16 anos e o filme chegou ao Brasil no dia 22 de junho desse ano.

Sinopse

Ao Seu Lado acompanha os dramas pessoais de jovens jogadores de rúgbi, imersos em uma cultura machista. Beber muito e ofensas machistas são comuns entre a equipe, mas esses atletas logo revelam suas vulnerabilidades emocionais. Após um encontro bêbado, dois homens do clube de rúgbi se envolvem em um caso adúltero, e devem esconder seus sentimentos crescentes ou arriscar destruir o futuro do clube inteiro. As tensões aumentam a todo o momento entre os membros da equipe e a lealdade pessoal é testada enquanto eles tentam esconder o caso, não apenas de seus próprios parceiros, mas também de seus companheiros de time.

Direção

A direção cumpre de forma satisfatória o roteiro, com diversas cenas de intensidade bem transmitidas, momentos de tensão e clímax definidos, mas o mais importante não acho que tenha sido perfeitamente executado. Por mais que os momentos dramáticos aconteçam, a fluidez não é alcançada. O filme se quebra em várias cenas de drama que não se conectam muito bem. Tem emoção, tem os protagonistas mas não tem aquele tchãn que une tudo.

Roteiro

O roteiro é bom, segue os padrões de um bom drama com o romance inerte nas cenas. É extremamente satisfatório conseguir assistir um romance gay em filmes sem que ele esteja coberto de momentos em que os personagens sofram preconceito. Porém o final deixa um pouco a desejar, sem um verdadeiro desfecho do time de rúgbi ou dos protagonistas.

Elenco

Particularmente eu não me atrai tanto pelo elenco, eles transmitem a emoção, mas não fazem com o espectador crie uma empatia do sentimento. E sim, uma certa raiva. Um exemplo é que, o único momento em que o Mark realmente consegue criar uma certa empatia, é quando o Warren é um completo babaca com ele. O romance não é tão comprável quanto parece, é isso, prejudica de certa forma. Afinal, não são todas as pessoas que gostam de ver filmes pra passar raiva.

Fotografia

A fotografia do filme é muito bem trabalhada. Os tons mais frios combinam com a vibe da cidade gelada em que ele foi gravado, e a mudança das cores acompanha os momentos de flerte, sexo e tensão por exemplo. Mas as cenas escuras não foram tão bem executadas. Por outro lado, as cenas internas ou gravadas em ambientes mais iluminados são boas, e dão o devido destaque aos tons quentes.