“Mononoke – O filme: Capítulo 2 – As Cinzas da Ira” explora temas mais emocionais como maternidade, luto, poder e raiva. Dirigido por Kenji Nakamura, o segundo filme da trilogia retorna ainda mais cruel, intensificando sua atmosfera psicológica sombria e visualmente marcante, que consagraram a série Mononoke.
Uma trama marcada por luto, maternidade e irá

Primeiramente, “As Cinzas da Ira” se passa apenas um mês após os acontecimentos do primeiro filme, introduzindo também novos personagens. A trama acompanha o boticário Kusuriuri (Hiroshi Kamiya) em uma missão para exotizar espíritos conhecidos como Mononoke.
Neste novo capítulo, o protagonista precisa lidar com um harém que enfrenta uma nova crise, com intrigas familiares, conflitos internos e inveja, principalmente quando Fuki Tokita (Youko Hikasa) acaba engravidando. Diante de mistérios, Kusuriuri precisa desvendar a origem de espirítos; bem como suas motivações, origem e sofrimento.
Sendo assim, o enredo é marcada por dor, maternidade, sofrimento e uma busca de justiça. Enquanto lidam com espiritos que assombram a vila e punem aqueles que abrigam o pior da natureza humana.
O olhar que equilibra horror e emoções
A direção consegue trazer uma carga emocional para a narrativa, explorando temas como maternidade, luto e o ciclo interminável de dor e raiva, mesmo após a morte, em uma história de terror e sobrenatural. Na trama, não há heróis nem vilões, o que pode dificultar a conexão imediata com a narrativa. Em outras palavras, cada personagem é moldado por suas crenças e objetivos.
No entanto, os sentimentos negativos que cada personagem carrega podem atrair energias sombrias, incluindo espíritos que buscam por justiça, purificação e liberdade. Isso amplia o impacto dramático e sobrenatural da história.
Ritmo narrativo e impacto visual hipnotizante

A narrativa segue um fluxo premeditado, valorizando o suspense em vez de um ritmo frenético. As cenas são construídas cuidadosamente, alternando momentos silenciosos e introspectivos, com explosões visuais e emoções. Essa combinação reforça os impactos dos conflitos internos dos personagens ao espectador. Porém, pode incomodar quem prefere histórias mais diretas ou mais aterrorizantes numa trama de terror.
Sobre a estética, o visual se destaca por misturar estilos artísticos tradicionais japoneses, com elementos psicodélicos. O diretor também evita explicações diretas, guiando o público através das pistas. Isso exige que o espectador se mantenha focado na história e use a interpretação, causando uma experiência envolvente.
Vale a pena assistir?
Sim, vale muito a pena assistir “Mononoke – Capítulo 2: As Cinzas da Ira”, principalmente que é fã ou acompanha o anime. O segundo capítulo se destaca por trazer uma trama envolvente, que desafia o espectador a interpretar cada simbologia e sentimentos dos personagens.
A estética visual é única por combinar arte tradicional japonesa com elementos mais psicodélicos. Além disso, explora temas profundos como maternidade, poder, raiva e como a dor pode levar eternidade para passar. Mesmo quem não curte o estilo artístico ou de histórias mais sombrias e psicologicas; podem gostar deste filme por conter uma história rica e singular.
Imagem de capa: Netflix/Reprodução
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