“Nunca fiz as melhores escolhas, mas sempre sobrevivi”. Com essa frase, conhecemos o inconsciente de Sister Tse (Shuya Chang) – protagonista de “Crimes em Chinatown” (Snakehead, no título original).
Dirigido e escrito por Evan Jackson Leong, famoso pelo documentário “Linsanity: A Ascensão de Jeremy Lin”, o filme acompanha Tse Shuya Chang, conhecida como Sister Tse. Ela faz um acordo com um contrabandista de humanos para levá-la até a cidade de Nova York. Embora o risco seja alto, Tse está determinada a reencontrar a sua filha (Celia Au), que foi adotada por uma família americana enquanto ela estava na prisão.
Para pagar a sua dívida, Tse tem que trabalhar em uma casa de massagem, como prostituta, mas logo ganha o respeito da chefe da gangue, Dai Mah (Jade Wu), e passa a fazer trabalhos mais arriscados e rentáveis. No entanto, seu comportamento rebelde e a aproximação com a matriarca incomodam Rambo (Sung Kang), filho de Mah. Logo, Tse se envolve em um jogo de poder, vaidade, cobiça e sobrevivência.
Imigração Ilegal
“Crimes em Chinatown” aborda um assunto antigo e ao mesmo tempo em voga: a imigração ilegal de chineses nos Estados Unidos. Com um fotografia acinzentada, o longa mostra a cidade de Nova York sob outra perspectiva, bem mais sombria e menos glamurosa.
A partir de Tse, conhecemos a situação precária que esses imigrantes chegam ao país, assim como as suas razões. Seja pela família ou trabalho, todos têm que batalhar para sobreviver. A trilha sonora do filme ajuda a trazer dramaticidade às cenas, assim como o pesar nos momentos necessários.
Baseado na história de Cheng Chui Ping, também conhecida como irmã Ping, “Crimes em Chinatown” fala mais do que sobre sobrevivência. Trata-se de um filme sobre família, perdas e esperança.