Fantasia familiar traz humor, ternura e criaturas vivas em uma jornada sobre imaginação e despedidas
Uma fábula moderna sobre imaginação e despedidas
O que acontece quando a dor do luto encontra a força da imaginação infantil? É essa a pergunta que “Desenhos” responde em uma aventura divertida, emocionante e repleta de criaturas saídas direto de um caderno mágico.

A história por trás de “Desenhos”
Em seu primeiro longa, Seth Worley constrói uma narrativa delicada e acessível sobre a família Wyatt. Após a morte da mãe, Amber (Bianca Belle) mergulha em desenhos cada vez mais sombrios, sem imaginar que eles ganharão vida ao cair em um lago misterioso. Quando as criaturas começam a espalhar caos pela cidade, cabe a ela e ao irmão Jack enfrentarem não apenas os monstros, mas também os próprios medos.
Criatividade como ferramenta para lidar com a dor
O grande mérito do filme é mostrar como crianças conseguem elaborar suas perdas de maneira muitas vezes mais honesta que os adultos. Amber usa sua arte como válvula de escape, e “Desenhos” revela como o ato de criar pode ser tão importante para enfrentar traumas quanto qualquer palavra de consolo. É uma mensagem que ecoa tanto para os pequenos quanto para os pais que os acompanham.

Direção, roteiro e efeitos em sintonia
Seth Worley acerta ao equilibrar fantasia e emoção. O roteiro é simples, mas funciona com leveza e ritmo, e a direção dá espaço para que os personagens brilhem. O uso de VFX merece destaque: os monstros têm texturas que simulam giz, lápis de cor e canetinha, reforçando a ideia de que saíram direto do caderno de Amber. Esse cuidado visual torna a fantasia crível e dá personalidade ao filme.
Entre o riso e a emoção
Apesar de lidar com temas sombrios como perda e saudade, “Desenhos” nunca se entrega ao peso do drama. O tom é de aventura familiar, recheada de humor e boas doses de ternura. Funciona como entretenimento para crianças, mas também provoca reflexões nos adultos sobre como lidamos com nossos próprios lutos.

Um filme para toda a família
“Desenhos” é um convite para pais e filhos compartilharem não só uma sessão divertida, mas também uma conversa importante sobre sentimentos. É cinema família na medida certa, que mistura imaginação, emoção e boas risadas. Um detalhe especial: durante os créditos finais, os atores apresentam um aplicativo criado para o filme, que permite que crianças desenhem e vejam suas criações ganharem vida, levando a experiência da sala de cinema para dentro de casa.
Vale a pena assistir?
Sem dúvida. Embora “Desenhos” não seja um filme de terror, ele flerta com elementos sombrios. Na verdade, ele se firma como uma fábula contemporânea sobre a importância da criatividade e da conexão familiar. Além disso, é uma obra que diverte, emociona e deixa um sorriso no rosto ao final. Portanto, se você procura uma boa aventura para ver com a criançada, prepare a pipoca e o refrigerante: esse é o filme certo.
“Desenhos” estreia exclusivamente nos cinemas brasileiros em 4 de setembro de 2025.
Imagem de Capa — Crédito: Angel / IMDB
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Fui ver com meu irmão de 7 anos, achei emocionante e cativante a história e personagens porém a trilha sonora era de um verdadeiro filme de terror, criando sempre tensão e meu irmão gostou mas ficou com medo em algumas cenas.
Deveriam colocar classificação indicativa para 14 anos