Dream Palace é um dos filmes exibidos no KOFF – Festival de Cinema Coreano
Dream Palace é o longa-metragem de estreia do diretor e roteirista Ka Sung-moon, exibido no Festival Internacional de Cinema de Busan. O drama social sul-coreano tem Kim Sun-young (Three Sisters, Reply 1988) no papel principal, ao lado de Choi Min-yeong (XO, Kitty), Lee Yoon-ji (The King 2 Hearts).
A produção acompanha a luta de uma mulher contra o peso das expectativas sociais, em uma jornada que oscila entre o humor, a tragédia e a fúria. Em certos momentos, temos coisas tão absurdas, que parece que as escolhas de seus personagens parecem destinadas a fracassar diante das pressões coletivas.
A história de “Dream Palace”
A protagonista Hye-jung (Kim Sun-young) perde o marido em um incêndio numa fábrica, tragédia que deixa várias famílias em luto. Considerado por alguns como responsável pelo acidente, o marido a coloca em uma posição ainda mais delicada. Ao aceitar a indenização da empresa, Hye-jung busca um recomeço com o filho Dong-wook (Choi Min-yeong), mas se distancia das outras vítimas. O recomeço toma forma no complexo de apartamentos Dream Palace, que rapidamente se revela um pesadelo com defeitos estruturais ignorados pela administração, vizinhos hostis e uma associação de moradores mais preocupada com o valor dos imóveis do que com a vida de quem os habita.
Um drama coreano com crítica social

O roteiro, escrito pelo próprio Ka, articula múltiplos comentários sociais. Da exploração no ambiente de trabalho ao conservadorismo da classe média, o filme revela como Hye-jung se vê deslocada em ambos os mundos. Ao tentar resolver seus problemas de forma independente, chegando a vender ilegalmente unidades do prédio a preços promocionais, ela passa a alienar tanto os antigos aliados quanto o próprio filho.
A narrativa vai progredindo aos poucos. Ela começa com um humor amargo diante dos obstáculos cotidianos, transita pelo drama social e culmina em um terceiro ato carregado de fúria, marca registrada do cinema coreano. Nem todas as tramas encontram desfecho satisfatório. Entretanto, a trajetória de Hye-jung expõe o preço das escolhas individuais em uma sociedade que cobra sempre mais do que oferece.
Visualmente, a fotografia de Son Jin-yong reforça os contrastes: a frieza elegante do Dream Palace contra a precariedade das tendas erguidas pelos trabalhadores em protesto. Kim Sun-young e Lee Yoon-ji, como viúvas marcadas pela mesma tragédia, dão vida a duas respostas distintas à dor. A primeira disfarça a amargura com sorrisos e a segunda resignada ao esgotamento.
Dessa forma, mesmo lidando com muitos elementos, Ka conduz a trama com firmeza, evitando que a complexidade se perca em excesso. Dream Palace confirma a força do cinema coreano no comentário social e apresenta Ka Sung-moon como uma nova voz capaz de unir crítica, emoção e estilo.
Vale a pena assistir “Dream Palace”?
Certamente “Dream Palace” é no mínimo, interessante. A produção traz de forma bem realista e pessimista, que nem tudo o que fazemos pode ser benéfico para as outras pessoas. Nem sempre a boa intenção é de fato algo positivo para os outros, podendo ser interepretado de forma errônea, ou até mesmo trazendo problemas para os outros.
Dream Palace é uma ótima introdução ao cinema coreano.
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Crédito da capa: Divulgação