O novo filme de Gustav Möller, Filhos (Vogter), chegou aos cinemas no dia 31 de julho, e conta a história de uma agente penitenciária. Assim, a policial enfrentará um dilema após um detento, que faz parte do seu passado, ser transferido para prisão onde ela trabalha.
Eva (Sidse Babett Knudsen) precisará lidar com o Mikkel (Sebastian Bull) enquanto relembra seu passado, e como poderia ser seu futuro. Desse modo, a agente trocará a ala para ficar mais perto do detento, e transformar a sua vida num thriller psicológico, desafiando o seu senso de justiça.
Möller traz para o filme um jogo de moralidade, e como os personagens lidarão com tudo isso. Dessa forma, Eva terá que lidar com tudo isso, enquanto pensa no passado que voltou a atormentar.

Dilema pessoal
Filhos (Vogter) constrói um thriller psicológico capaz de deixar o espectador com uma pulga atrás da orelha, assim, pensando o que Eva fará. A agente penitenciária deixa a moralidade para os colegas, e passa a destilar toda sua frustração para Mikkel, além de precisar esconder qual seu verdadeiro segredo.
Nesse sentido, o filme peca tentando nos esconder o real motivo disso tudo, visto que rapidamente descobrimos a real motivação dela. Entretanto, se salva em como os personagens lidam com isso, e não fica só uma tensão sem sentido, mas que poderia ser melhor encaixada.
A ideia de ter um segredo é rapidamente descoberta pelo telespectador, mas ajuda a compreender um pouco sobre como Eva age. Dessa forma, o filme mostra que ninguém é totalmente santo, e que sempre precisamos estar atentos com as nossas questões éticas e morais.
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Eva e Mikkel
Os dois personagens conseguem conversar bem durante a trama, e tem uma disputa territorial para ver quem manda mais em quem. E essa disputa parece uma mãe contra o filho, Eva e Mikkel querem parecer preencher um vazio na sua vida, e se desafiam por isso.
Mesmo que não seja a parte inicial do filme, em muitos momentos é isso que ele entrega para nós. E falta um olhar para os dois, tanto Eva que esconde um segredo quanto Mikkel que vive com raiva de tudo e todos. Dessa forma, a construção da relação de poder entre os dois é um jogo certeiro para contar a história, mas que bate na parede em desenvolver algo maior.
Nesse sentido, o longa parece andar em círculos para não desconfiarmos do que está acontecendo, mas que já é visível para todos.

Vale a pena assistir Filhos (Vogter)?
Filhos (Vogter) tem potencial para ser um thriller psicológico excelente, mas que peca em decisões na hora de contar a história. O filme é uma boa pedida para quem gosta do gênero e quer passar um tempinho nesse mundo, além de ser uma narrativa interessante na busca de debater uma moral.
Dessa forma, o longa vale a pena para discutir sobre as questões do filme, e como você lidaria com isso tudo. Além disso, é uma boa forma de entender como nossa sociedade pensa e age em diversos momentos.
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