Como uma promessa para uma mãe pode transformar uma investigação criminal? Isso é o que vemos em Força Bruta: Punição, que estreia dia 10 de abril nos cinemas, o detetive Ma Seok Do está de volta com muita ação e dessa vez promete prender o culpado pela morte de um filho muito amado.
Esse poderia ser facilmente um enredo protagonizado por Liam Nelson, mas, na verdade, é a produção coreana Força Bruta, o quarto filme da franquia poderia ser só mais um filme de pancadaria, mas me surpreendeu bastante.
Com um roteiro bem estruturado, o longa apresenta seus personagens, claro, já com muita ação. Mas, não entrega logo de início o que se trata. Com direção de Heo Myeong-haeng e roteiro de Oh Sang-ho conta com elenco Don Lee, Kim Mu-yeol e Park Ji-hwan. E sua distribuição nos cinemas brasileiros fica por conta da Sato Company.
“Força Bruta: Punição” conta a história de um jovem assassinado por um ex-soldado e mercenário Baek. Isso acaba se conectando com a investigação do detetive Ma Seok Do sobre um aplicativo de entrega de drogas na Coreia. Assim, o detetive descobre um grande esquema de casas de apostas online administrada pelo mercenário. Dessa forma se cria uma força tarefa para deter Baek e prender todos os envolvidos pelas casas de apostas e pela morte do jovem filipino.
Direção, roteiro e atuações

O longa possui várias cenas de ação do início ao fim que garante a atenção do telespectador a cada segundo. As cenas geram expectativa e muita adrenalina. A diversas sequências de cenas de lutas poderiam ficar cansativas e repetitivas, mas todas foram bem dirigidas, o que não as torna maçante.
Dessa forma, a estética e as filmagens são dinâmicas, mostrando as ruas da filipina durante a noite. E as cenas de fuga e luta prendem a atenção de quem assisti. O diretor segue cada movimento do punho aos pés, dando a sensação de que algum pode mesmo te atingir a qualquer momento.
Algumas delas divertem bastante unidas a personagens que misturam tensão e risadas. Isso é uma constante durante o filme, alguns personagens proporcionam um alívio cômico que funciona muito bem.
Principalmente o personagem Jang Yi-soo, interpretado por Park Ji-hwan, um velho conhecido de Ma Seok Do. Jang tem envolvimento em diversos esquemas criminoso e já teve uma casa de apostas destruída por Baek.
Assim, ele entra como uma surpresa no time de investigação. A atuação caricata de Park Ji-hwan rende boas risadas também durante as cenas de ação.
Já Baek Chang-gi é outro personagem interessante, devido sua intensidade, interpretado por Kim Mu-yeol o ex-mercenário carrega uma carga pesada que transparece a todo momento em que está em cena. Não só durante as cenas de assassinato, mas suas expressões e a maneira como se porta já entregam sua personalidade.
Assim, como Ma Seok Do, interpretado por Don Lee como conhecemos ou Ma Dong Seok como o ator é chamado na Coreia. O personagem durão, tem seus momentos de leveza, principalmente após conhecer a mãe do jovem assassinado. Ainda consegue entregar um lado cômico em troca com Park Ji-hwan, os dois desenvolvem cenas hilárias.

O figurino também é bem desenvolvido para cada cena e personagens. Os prisioneiros de Baek com seus trajes surrados mostram o tipo de tratamento que recebem. Além da maquiagem que ajuda a mostrar o estado em que estão por ficarem trancados e obrigado a trabalhar por horas.
Também tem os grupos dos vilões que fazem parte dos aliados de Baek Chang-gi. Mostrando o poder e dinheiro, possuem ternos sempre alinhados que também conseguem transparecer a personalidade de cada um deles.
Retomando para as cenas de ação, algo que não me deixou comprar a ideia é que as cenas com Ma Seok Do, tudo parece muito fácil, claramente vemos pessoas com porte físico inferior a ele, o que deixa muito exagerado, o fato já conhecido, de que ele é um policial forte e imbatível. No entanto, as outras cenas são mais críveis. As que mais chamam atenção foi a cena da fuga em uma loja de roupas e artigos em que o espaço contribui para a dinâmica da cena.
Não posso deixar de fora a cena entre os nêmeses Ma e Baek tanto a cena no banheiro quando a cena no avião, para mim são as melhores. E realmente prende atenção e coloca quem tá assistindo no mesmo espaço que eles, graças a direção de câmeras.
Força Bruta: Punição – Enredo

A trama é muito envolvente, principalmente que já se inicia com um jovem lutando por sua vida e acaba não resistindo a esse ex-mercenário implacável. Outro fator é a presença da mãe do jovem que acaba pedindo para que Má Seok Do prometa prender os assassinos, o que carrega por todo o filme. Já que Ma foca na promessa, o que faz ele querer ainda mais prender esse assassino. Isso tudo o leva para o grande esquema de casas de apostas e ele tem que lutar para que seus superiores permitam que ele continue a investigar.
Isso mostra a mudança o comportamento do detetive que se sente impotente cada vez que chega perto de descobrir quem é o cabeça de tudo e algo dá errado. O filme também tem algumas sub-tramas paralelas que ajudam ao espectador a conhecer mais alguns personagens.
Por isso, a maior proeza do longa está em seus personagens bem desenvolvidos e interpretado com maestria pelo elenco. Enfim, “Força Bruta: Punição” não é um filme de ação, apenas sobra combate ao crime, mas também reforça a ideia de que com pessoas ao seu lado, que confiam em você é possível enfrentar as situações mais difíceis. Com isso, o longa vale apena de conferir principalmente para os amantes de ação.
Por fim, “Força Bruta: Punição” estreia nesta quinta-feira nos cinemas.
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