Um Maluco no Golfe 2 (ou Happy Gilmore 2) chegou trazendo a essência que consagrou o primeiro filme nos anos 90, mas erra no timing da comédia. Com direção de Kyle Newacheck, Adam Sandler retorna como o impulsivo e carismático Happy Gilmore. Também voltaram: Julie Bowen como Virginia Venit, Christopher McDonald como Shooter McGavin, Ben Stiller como Hal L.

O retorno de Happy Gilmore aos campos de golfe

Adam Slandler como Happy Gilmore em Um Maluco no golfe 2
Adam Slandler como Happy Gilmore em Um Maluco no golfe 2 – Crédito: Netflix

Após o sucesso do original (1996), a lenda do golfe está de volta. Agora, acompanhamos Happy Gilmore (Adam Sandler) mais velho, vivendo uma vida difícil e debilitado emocionalmente após perder sua esposa numa tragédia pessoal. Ele decide retornar ao esporte para ajudar sua filha Vienna (Sunny Sandler), a estudar balé em Paris.

Para alcançar seus objetivos, ele precisa encarar uma liga jovem e radical, intitulada como Maxi Golf League. O vilão Frank (Benny Safdie) criou uma nova forma de jogar golfe, contendo regras absurdas, criativas e formada pelos melhores jogadores. Para voltar ao topo, Gilmore precisa parar de superar seu vicio com bebidas alcoólicas, derrotar rivais e encontrar a redenção pessoal.

Roteiro aposta em Nostalgia, porém o humor ficou no passado

Adam Slandler como Happy Gilmore em Um Maluco no golfe 2, misturando nostalgia e novas confusões nos campos de golfe
Adam Slandler como Happy Gilmore em “Um Maluco no golfe 2”, misturando nostalgia e novas confusões nos campos de golfe – Crédito: Netflix

A direção aposta em nostagia, trazendo referências do primeiro longa. Isso pode agradar aos fãs. Entretanto, a narrativa é repetitiva, raso e previsível. A trama contém piadas que parecem recicladas, além de causar um certo constrangimento ao utilizar o trocadilhos e piadas com conotação física, que pode desagradar à geração atual que cresceu com senso de humor mais crítico e sensível às questões sociais.

Adam Sandler continua confortável, interpretando novamente o golfista. O ator consegue equilibrar seu velho temperamento agressivo com um lado mais paternal e reflexivo. Isso mostra o amadurecimento do personagem. Porém, pode desagradar quem esperava a mesma essência do personagem no original.

Tal pai, tal filho… só que em um ritmo desgastante

Um Maluco no golfe 2
Sunny Sandler, como Vianna. Ela aparece à esquerda de seu pai, Adam Slandler, em uma cena de “Um Maluco no Golfe 2”. Crédito: Netflix

A trama mostra a dinâmica familiar bastante agitada entre Happy Gilmore e seus cinco filhos. Mas causam desconforto na maioria das cenas em que estão juntos. O roteiro não explora a personalidade de cada um deles, fazendo com que funcionem apenas como elemento para comédia escrachada, com exageros físicos e humor vulgar.

Por outro lado, a interpretação das filhas de Adam, Sadie Sandler e Sunny Sandler, dão uma profunidade emocional à história. Mesmo com roteiro fraco, elas dão mais autencidade, doçura e amadurecimento para a trama. Diferente os filhos de Happy, que geram desconforto e deslocamento dentro da própria narrativa.

Vale a pena assitir?

Para quem sentia falta do clássico da comédia, “Um Maluco no Golfe 2” oferece momentos divertidos que nos proporcina boas risadas. Especialmente as cenas em que os personagens se atrapalham ou provocam situações inesperados. Outro ponto positivo é que Adam Slander mantém seu carisma e inclui referências que agradam tanto os fãs do filme quanto do ator.

Mas quem busca uma comédia mais leve, pode se frustar. O longa tenta misturar momentos de comédia pastelão com drama familiar. Especialmente com a inclusão dos filhos de Happy, que deixam um ritmo tenso, desconfortável e confuso. Exceto pelo papel de sua filha, que traz um tom mais dramático.

Em suma, vale a pena se busca algo como entretenimento e dar alguns sorrisos. Mas sem criar grandes expectativas quanto ao roteiro e piadas feitas no timig certo.

Aos interessados, Um Maluco no Golfe 2 encontra-se disponível na Netflix.