Chega aos cinemas brasileiros o tocante Invencível (The Unbreakable Boy), um filme com 1h49 de duração que mexe com as emoções do início ao fim. A produção é especialmente significativa para pessoas com a doença dos ossos frágeis (OI), Transtorno do Espectro Autista (TEA), e, principalmente, para pais e mães que vivem essa realidade.
Doença e Transtorno: um olhar sensível e informativo
O filme é narrado por Austin — ou AusMan, como gosta de ser chamado, interpretado pelo excelente Jacob Laval. É ele quem nos guia pelos momentos mais importantes de sua história, desde como seus pais se conheceram até os desafios que enfrentam como família.
Seus pais, Teresa (vivida por Meghann Fahy) e Scott (interpretado por Zachary Levi, conhecido pelos fãs antigos por “Chuck” e pelos mais novos como o herói Shazam) são fundamentais nesse enredo tocante.
A narrativa trata com muito cuidado as questões médicas e emocionais da OI (Osteogênese Imperfeita), e Austin, com seu bom humor, compartilha desde suas primeiras fraturas até como aprendeu a lidar com elas.
Austin também tem um irmão, Logan (interpretado pelo talentoso Gavin Warren). Aos sete anos, Austin foi diagnosticado com autismo, e o filme retrata isso de forma informativa, respeitosa e acessível, oferecendo um retrato sensível da convivência com o TEA.

O amor é o que mantém essa família unida
O diretor Jon Gunn, que também assina o roteiro, entrega um filme com narrativa fluida e direção envolvente. Mesmo com quase duas horas de duração, a história é leve, bem construída e envolvente.
Desde o começo, o roteiro nos mostra que o amor sempre guiou essa família. Desde o momento em que Teresa e Scott se conhecem, é possível ver que o sentimento é o combustível que os ajuda a enfrentar situações que fariam muitos desistirem.
A produção aborda com delicadeza o quanto é difícil adaptar-se à realidade de ter um filho com OI e TEA. Mas com muito amor e parceria, eles superam cada desafio.
As dificuldades financeiras, os tratamentos constantes e as limitações físicas fazem parte da realidade, mas o filme mostra que, acima de tudo, o importante é estarem juntos.
Pai e mãe: o que quebra, eles colam juntos
O longa mostra a química incrível entre o casal. Austin narra com carinho como seus pais se conheceram, e conhecemos profundamente a personalidade de cada um. Eles nunca desistem um do outro, porque o amor, mais uma vez, fala mais alto.
Teresa, uma mulher linda e de personalidade forte, é quem transmite a condição genética da OI ao filho. Em vários momentos, ela se sente culpada pelas fraturas de Austin, o que a torna ainda mais humana e comovente. Ela também é uma gamer de respeito (cadê os fãs de Gears of War?). Teresa é uma mãe e esposa extraordinária, mas também tem seus limites. Em uma cena especialmente forte, ela demonstra que chegou ao seu limite emocional. A atriz brilha na interpretação e foi uma excelente escolha para o papel.
Scott é um pai carinhoso, atrapalhado, mas sempre tentando fazer o melhor. Ele tem um amigo imaginário, Joe (vivido por Drew Powell), que protagoniza algumas das cenas mais engraçadas do filme. Apesar dos tropeços, Scott tem um bom coração e tenta sempre fazer o que é certo. Com o passar do tempo, sua condição médica se agrava, e ele enfrenta uma dura jornada — mas mostra como o amor da família pode mover montanhas.
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Baseado em uma história real inspiradora
Por motivos de spoiler, não posso contar muito mais. Mas saiba que esse filme é emocionante, sensível e ideal para assistir em família. Com certeza, será assistido e reassistido por quem ama histórias reais que aquecem o coração.
No final do longa, somos presenteados com imagens e informações sobre as pessoas reais que inspiraram o filme — o que deixa tudo ainda mais emocionante e reconfortante.
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