Um documentário importante, e retrata a tradição afro-brasileira na França, Madeleine à Paris é uma forma de enxergar o imigrante que não perdeu sua brasilidade. Dirigido por Liliane Mutti, nós conhecemos Roberto Chaves (Robertinho) criador Lavage de la Madeleine, que acontece anualmente em Paris. O protagonista, natural de Santo Amaro da Purificação (Bahia), também nos leva a Cabaré Paraíso Latino, onde ele é uma das estrelas performando como Arlequim.
O documentário estreia nesta quinta-feira, dia 6 de fevereiro, e apresenta Robertinho na sua diáspora na cidade de Paris. Nesse sentido, vamos acompanhar a vida artística desse brasileiro na linha tênue entre o sagrado e profano, e reforça a importância da diversidade. Além disso, também chama a atenção para vozes normalmente marginalizadas.
Confira o trailer abaixo do documentário:
Madeleine à Paris e a várias faces do artista
Desse modo, o documentário nos faz passear pelas belas ruas e noites de Paris, e aprender um pouco mais sobre esse mundinho do protagonista. A cada frase e olhar de Robertinho para a câmera você consegue aprender muito, desde sua relação com a fé quanto com sua vivência até chegar nesse momento. O protagonista nos traz ensinamentos e uma conversa sobre a vida de maneira incrível, e não tem melhor forma se não num documentário.
Além disso, Liliane Mutti consegue transparecer da melhor maneira essa discussão entre o sagrado e profano, não como algo errado, mas como uma maneira de observar o mundo. Assim, não ficamos presos em um ponto de vista qualquer, a direção nos entrega um protagonista que sabe o que quer falar e como falar. E isso é graças a forma da Liliane nos contar a história de Roberto.
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As faces do artista não são somente uma rotina, é quem ele realmente é. Uma pessoa dedicada a sua fé, mas também sabendo como é preciso performar no Cabaré Paraíso Latino, e Arlequim conversa com tantas vozes e idiomas para deixar todas próximas dela.
Nesse sentido, o filme nos transparece uma visão única e rica em detalhes. Mesmo com os minutos passando de presa, você não sente o tempo passar, pois tudo é construído para você ficar preso a narrativa da história. Madeleine à Paris é uma interpretação do belo e forte, e ajuda a trazer um olhar mais profundo sobre nos mesmos e sobre nossas raízes.
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