Estreou na Netflix o filme Meu Ano em Oxford, estrelado por Sofia Carson e Corey Mylchreest. O longa traz uma mensagem sobre como situações inesperadas da vida podem mudar os planos de uma pessoa. Baseado na obra de Julia Whelan, a produção possui algumas mudanças na história, o que não é uma novidade nas adaptações literárias. Mas será que “Meu Ano em Oxford” tem um final diferente do livro?
Um plano e um sonho, mas a vida é uma caixinha de surpresas
O filme conta a história da estudante americana Anna De La Vega, interpretada por Carson, que vai passar um ano estudando poesia em Oxford. O plano da vida dela era se formar, fazer um ano sabático na cidade inglesa, e voltar para Nova Iorque para trabalhar. Porém, a vida surpreende quando o caminho dela cruza com o do professor de poesia Jamie Davenport, interpretado por Mylchreest.
As mudanças na adaptação já começam com o nome da protagonista, que no livro se chama Ella. Além do nome, também foi alterada as ambições e gostos da protagonista, que no livro fala sobre carreira política. Porém, vamos focar na produção audiovisual aqui.
A trama começa com Anna chegando em Oxford e não demora para ela conhecer Jamie, que logo depois é apresentado como o professor dela. A química entre o casal protagonista é instantânea, mas parece que o romance deles acontece de forma muito rápida e não existe tempo de tela suficiente para podermos nos apegar aos dois como um casal.
Talvez, se a história fosse produzida como uma minissérie, desse tempo de aprofundar mais no romance entre eles antes de chegarmos ao ponto alto do filme: quando descobrimos o segredo de Jamie. Antes disso, podemos ver a dinâmica do casal nas cenas de passagem de tempo, mas falta uma conexão mais aprofundada com o telespectador.
Se arrepender daquilo que não fez
Cuidado! A partir daqui pode ter spoiler do filme!
No momento em que descobrimos sobre o câncer de Jamie, entendemos o motivo pelo qual ele fala sobre “se arrepender daquilo que não fez”. O professor vive cada minuto da vida dele, como se fosse o último, decidido a não fazer um tratamento por ter visto o irmão passar pelo mesmo no passado.
A forma como Corey Mylchreest interpreta o personagem deixa todo o enredo mais emotivo. Você vê pelo olhar dele tudo o que Jamie está sentindo, principalmente nas cenas de embate com o pai. A decisão de Anna aceitar e não insistir em fazer o professor mudar de ideia sobre o tratamento é um acerto, assim como a escolha dela de continuar ao lado dele. A cena em que eles decidem ficar juntos, com ela dizendo as mesmas palavras que um dia ele lhe falou no “local” deles é emocionante.
A segunda parte do filme, o roteiro foca mais na doença e em como as pessoas que rodeiam o casal encaram essa situação. A forma que a protagonista encontra para unir pai e filho é comovente e gera cenas que aquecem o coração.
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Vale a pena assistir “Meu Ano em Oxford”?
Se engana quem vai assistir “Meu Ano em Oxford” achando que é uma simples comédia romântica. Talvez a primeira parte seja realmente atrelada ao gênero, mas do meio para o final a história ganha um tom mais dramático. E isso está diretamente ligado ao final do filme, que é diferente do livro.
A forma como a produção encontrou para retratar a morte de Jamie foi tocante e sensível, mostrando a ilusão do casal fazendo a sonhada viagem pela Europa e depois apresentando a realidade: Anna passeando por aqueles lugares sozinha. Também temos a jovem assumindo o papel do amado, se tornando professora no lugar dele.
É impressionante como Sofia Carson consegue ter química com diferentes atores. A atriz é uma das queridinhas da Netflix para comédias românticas atualmente. Porém, precisamos falar também sobre como a atuação dela parece estar igual em todas as produções. Talvez seja por esse motivo de estar escalada em vários filmes do gênero. Acaba que a atuação de Corey se destaca mais do que a dela.
Para finalizar, uma menção honrosa para a referência de Bridgerton. Charlie, amigo de Anna, fala que está usando uma fantasia de Halloween do Anthony Bridgerton. Vale lembrar que Corey Mylchreest interpreta o jovem Rei George no spin-off da série da Netflix, “Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton”.
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