O filme Onda Nova, lançado originalmente em 1983, está sendo relançado nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (27). A produção, dirigida por Ícaro Martins e José Antonio Garcia e restaurada em 4K, é uma pornochanchada que conta a história de um time de futebol feminino.
Um time de futebol feminino
A história do longa gira em torno das mulheres que formam o “Gayvotas Futebol Clube”. O time de futebol feminino (fictício) tem patrocino de um clube profissional e enfrenta as dificuldades e barreiras dentro de um esporte que era majoritariamente masculino. Retrata a regulamentação do esporte para as mulheres no Brasil em pleno regime militar, após ter sido banido por 40 anos no país.
O filme acompanha a vida das jogadoras dentro e fora dos campos, em meio a alegrias e tristezas. Além dos problemas pessoais que são normais nessa idade, o longa mostra como elas enfrentam também os preconceitos de uma sociedade conservadora e a preparação para treinar e se prepararem para um jogo internacional simbólico.
O roteiro acaba se perdendo um pouco em vários momentos, mas talvez essa seja a essência do filme. A história tem um leque extenso de personagens e fica difícil de aprofundar em cada um deles durante as quase duas horas do longa.

Onda Nova: pornochanchada dos anos 80
Antes de assistir à obra, devemos lembrar que a história foi filmada há décadas atrás e retrata costumes e situações que era comuns nos anos 80. Apesar disso, o longa aborda temas que também eram tabus naquela época e tenta romper com esteriótipos sobre as mulheres que gostam de futebol.
O filme é um pornochanchada – estilo cinematográfico dos anos 70 e 80 no Brasil -, em que as mulheres são o foco. A abertura é o que mais chama atenção. Quando os créditos iniciais aparecem pichados de vermelho em lençóis brancos, acaba dando um tom para o que o telespectador pode esperar da obra. Cenas de sexo e nudez explícita estão presentes desde os primeiros instantes da produção. Além disso, importante dizer que também contêm cenas com gatilhos, como personagens tentando contra a própria vida.
A história tem uma boa premissa, mas se perde em meio aos cortes brutos e falta de explicação em diversos momentos. Fica para o telespectador compreender da maneira que deseja o que acontece e tirar as próprias conclusões.
Com participação especial de grandes nomes conhecidos pelo público brasileiro como Casagrande e Regina Casé, “Onda Nova” tenta trazer para as telas o espírito livre dos jovens daquela época. Apesar de esquecido com o passar dos anos, o filme faz parte da história do Brasil e do cinema nacional.
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