Após anos de espera, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos traz uma pontinha de esperança para o futuro da Marvel. A família mais amada dos quadrinhos finalmente conseguiu um filme com a sua cara, cheia de carinho e união. O filme que abre a Fase 6 apresentou os personagens dentro do UCM, e deu uma visão para o que poderá vir a seguir.
Quarteto Fantástico: Primeiros Passos tem direção de Matt Shakman, e coloca a família contra Galactus e sua fome insaciável. Além disso, conta com a participação de Pedro Pascal (Senhor Fantástico), Vanessa Kirby (Mulher Invisível), Ebon Moss-Bachrach (Coisa), e Joseph Quinn (Tocha Humana). Os heróis precisarão proteger sua Terra e o novo integrante da família do vilão, e ainda contar com a ajuda de todos os habitantes do planeta.
Com anos de fracassos nas tentativas de adaptar a família, o longa era uma esperança tanto para os personagens como para a Marvel. Visto que o UCM está passando por dificuldades desde o lançamento de Vingadores Ultimato, e precisava trazer um olhar para o futuro dos heróis. Com isso, utilizar uma das famílias mais queridas era um desafio, mas também uma forma de dar uma esperança aos fãs.
A família é o caminho para esperança
Um dos principais pilares do filme é a união entre os personagens, tudo o que move eles é o forte laço. Um dos principais problemas dos antigos longas era não conseguir retrata-los como uma família, ou deixar isso mais de lado. Primeiros Passos consegue mostrar como esse vínculo é importante para seguir a história deles, e como esse amor também transpareceu para os cidadãos da Terra.
Desse modo, Quarteto Fantástico nos ensina como essa conexão é uma parte importante para seguir combater Galactus (Ralph Ineson). A relação dos personagens também é mostrada nos pequenos detalhes, ninguém chama Ben Grimm de Coisa, isso eles deixam para os fãs, eles só utilizam o nome dele. Isso mostra como eles enxergam o amigo, e como ele é parte necessária para todos na volta.
Bem como, Sue Storm e Reed Richards tem uma conexão de milhões, você enxerga o amor entre eles. Eles se conhecem, se entendem, até discordam, mas nada pode abalar a força que tem juntos. Assim, essa combinação dos dois traz uma fortaleza para a família. Ben Grimm e Johnny Storm tem a interação que tanto pedimos, eles se implicam, mas você percebe que tudo é carinho da parte deles, no final estarão sempre juntos um pelo outro.
A ameaça de Galactus e Surfista Prateada
Galactus e Surfista Prateada (Julia Garner) tem uma presença completamente ameaçadora, você sente o perigo desde o início até o final do filme. Além disso, não há certeza que os heróis irão vencer os vilões, tudo o que eles nos entregam é uma incerteza de vitória e fazem questão de serem assim. Julia Garner jogou as críticas na lata do lixo, a sua personagem é um dos pilares centrais da trama e entrega com maestria, não está lá só para ser a arauto, mas também para guiar os próximos passos.
O vilão Galactus é o vilão, ele traz o medo e tira a esperança tanto dos heróis como de quem assiste. Não é só uma fumaça, tudo nele perigoso, e a Terra não é nada para ele. A aparição do vilão mostra como somos insignificantes para esse universo vasto, mas sua fome precisa ser preenchida. Além de termos algo por trás com essa visita dele a Terra, e isso torna o filme ainda mais especial para o seguimento do UCM.
Quarteto Fantástico ou Sue Storm Fantástica?
Todos os personagens tem seus momentos e dão dinâmica para o filme, contudo, Sue Storm carrega com maestria. A heroína é a voz da razão da família e da esperança. A presença dela é extremamente importante para lidar com todos os problemas do Quarteto Fantástico. Assim, Vanessa Kirby nos entrega uma personagem completa e decidida a salvar todos em sua volta, principalmente a família.
Desse modo, não tem como não dizer que o filme é praticamente dela. A Mulher Invisível é quem dita as regras do jogo, ela sabe as decisões que precisarão tomar, mesmo que ela não concorde com muitas. Assim, Sue Storm tem um destaque necessário e que ajuda no desenvolvimento do filme, principalmente para a batalha final.
Nesse sentido, a personagem guia o Quarteto Fantástico, mas também é a Terra. Mesmo os quatro heróis sendo a salvação para os humanos, ela parece ser a voz que todos escutam, e assim melhorar a vida de todos.
Uma trilha que não foge da cabeça
Quarteto Fantástico: Primeiros Passos tem ótimos pontos e momentos memoráveis. Entretanto, a trilha sonora não saí da cabeça, dificilmente você não ficará com ela depois de sair do filme. Assim, é aquela trilha sonora para cantarolar e pensar no que acabou de assistir, é bem trilha chiclete que só vai sair quando achar outra, mas será uma batalha complicada.
A trilha sonora é um conforto e todas tem ótimos momentos para aparecer, desde as horas tensas como calmas. São pontos certeiros dentro do filme, e que ajudam a contar a história mesmo que nos instantes problemáticos dentro da trama. Com isso, o Quarteto Fantástico tem uma trilha chiclete e envolvente, e para quem gosta de escutar depois, é uma excelente trilha para escutar enquanto precisa resolver problemas intergalaticos.
Vale a pena assistir Quarteto Fantástico: Primeiros Passos?
Depois de muitos anos assistindo péssimos filmes do Quarteto e uma Fase 5 horrível da Marvel, Primeiros Passos é um carinho para os fãs e uma ponta de esperança. O filme aborda a família da melhor forma e entra no hall de melhores filmes dos últimos tempos, e se seguir esse caminho a Marvel voltará para os trilhos.
O filme é o que tanto esperamos de uma adaptação dessa família, e conta a história de maneira leve e divertida. E as piadas são tão naturais como o amor deles, nada exagerado ou no tempo errado. Assim, nada é mais esperançoso do que um filme desses para quem não aguentava mais ver tudo igual nesses últimos anos.
Thank you, Fantastic Four!
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