Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes do diretor Zack Snyder não surpreendeu muito no quesito desenvolvimento, começando com o retorno dos rebeldes. Após vitória contra Nobles, os heróis são recebidos pelos camponeses, que os recebem agradecidos por ter quem lute por eles.
Seguindo a linha da luta por sobrevivência, contra o exército do Mundo Mãe, o filme oferece mais do mesmo, infelizmente, já que conta com um elenco poderoso, Djimon Hounsou, Bae Doona e Anthony Hopkins, mesmo que só com sua voz, como o simpático robô Jimmy.
Assim como esperado por muitos, mais um filme de Snyder segue a linha das explosões e jogos de câmeras, que nem sempre são necessários. Mas, vale apontar que melhorou bastante em comparação com o primeiro filme com excesso de câmera lenta nas cenas de luta.
Sabemos que toda trama tem a famosa Jornada do Herói, aquela onde o personagem principal começa sua história buscando por uma mudança. Ou precisa decidir entre algo arriscado ou seguir vivendo a mesma vida de sempre. Rebel Moon Parte 1 e Parte 2 criaram duas jornadas para Kora e ainda abriu margem para mais uma continuação.
Rebel Moon – Parte 2 e a assinatura de Zack Snyder
Como mencionado no início, a sequência continua a saga dos heróis retornando para Veldt felizes e até mesmo confiantes com a vitória. No entanto, o vilão Nobles foi salvo pela nave Olho do Rei e os planos para pegar trigo e eliminar os camponeses continua de pé.
Confesso que o retorno do vilão foi positivo, mantendo o efeito surpresa para os heróis, mas Nobles, apesar do arquétipo de vilão, um militar que serve um regime ditatorial, algo que talvez consiga criar uma aproximação com o espectador, entretanto, não conhecemos sua história. Apenas que ele busca por alcançar um novo patamar na hierarquia do exército do Mundo Mãe.
A falta de uma história e motivação também segue os heróis, sem aprofundamento. Apenas um vislumbre acontece quando Kora e Gunnar se declaram do nada. Após uma noite romântica sob o luar, Kora revela o motivo de considerarem uma fugitiva.
Outra vez quando o General Titus propõe que compartilhem os segredos, para que não tenha nada escondido entre o grupo. Nemesis, Tarak, Millius, o próprio general e Kora contam um pouco sobre as motivações de se rebelar contra o Mundo Mãe e principalmente a Atticus Nobles.
Alguns personagens aparecem e somem sem muita explicação, mesmo sendo pontos importantes do enredo como os irmãos Darrian e Devra responsáveis por ter um grupo grande de desertores. E Jimmy que era um soldado do Rei Morto e servia a família real. Esses são uns dos erros no roteiro que atrapalham o fluxo da estória.
Certamente não faltou ação, o que não quer dizer que foram primorosas, muito barulho e fumaça tirando foco de ações importantes. Ou a falta de sincronia entre as ações dos personagens, e a pouca de conexão, o que acontece brevemente na cena onde compartilham suas histórias.
Vale a pena assistir ao filme?
Por fim, o veredito é um filme longo que solta informações importantes para criar um clímax e indicar uma sequência que pode ou não acontecer, dependendo da “popularidade” do filme na Netflix.
Caso não tenha assinatura do streaming, não vale a pena ter para assistir Rebel Moon Parte 2: Marcadora de Cicatrizes.