O mais novo longa no catálogo da Prime Video estreou com a volta de Jude Law e um enredo ambicioso. Inspirado em eventos reais, The Order (2024) traz Nicholas Hoult interpretando o supremacista Bob Mathews com ambições perigosas na pequena cidade em Idaho.
Em busca de um novo local para morar com a família, o agente do FBI, Terry Husk (Jude Law), é atraído por uma série de eventos suspeitos. Cartazes neonazistas espalhados por toda a cidade, assalto a bancos, explosões e assassinatos fazem com que o detetive entre na ativa novamente. ‘A Ordem’, liderada por Bob Mathews (N. Hoult) busca a purificação dos Estados Unidos por meio de uma “guerra santa”. Todo o conflito com o grupo “The Order” aconteceu no ano de 1984, trazendo uma série de conflitos para a pequena cidade que já era conhecida devido ao grupo ‘Nação Ariana’.
Os policiais Jamie Bowen (Tye Sheridan) e Joanne Carney (Jurnee Smoollet) ajudam na busca incessante pelos extremistas. Nesse meio tempo, Husk enfrenta graves problemas de saúde e familiar, tendo que escolher entre sua esposa e filhas ou mais uma missão.
Um pouco mais do mesmo…
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Créditos: IMDb
Dirigido por Justin Kurzel e escrito por Zach Bailyn o longa não propõe nada diferente dos outros com esse tema. Visando mostrar como a ideologia nazista se espalha pelo interior norte-americano através da Ku Klux Klan (KKK) nos anos 1980, Kurzel traz até uma atualidade.
Com os recentes acontecimentos na política norte-americana com o presidente Donald Trump, a ideologia supremacista passou a ganhar mais destaque. Os discursos Bob Mathews se assemelham muito com as recentes declarações do presidente em sua posse, mesmo que o lançamento do filme tenha ocorrido bem antes.
No entanto, Kurzel não consegue trazer ritmo ao filme, bagunça o roteiro e decepciona na execução. Fazendo com que a história perdesse certo valor dramático, se perdendo em paisagens exuberantes. Durante a narrativa é difícil entender quem é o personagem principal e seu objetivo, se é a história antiga e tão atual, Tyler Husk ou Bob Mathews.
Inicialmente, Husk é o cerne da história, em como tudo se desenrolou com sua chegada. Mas ao longo do filme a falta de profundidade no personagem distância o público. Até que Mathews aparece e rouba todo o tempo de tela, entregando tudo que Husk não apresentou.
Ambição por um filme grandioso…
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Créditos: IMDb
O suspense, mistério, e a trilha sonora tensa e pesada não sustentam o longa. Fazendo com que os mais de 100 minutos de filme sejam muito cansativos, para no final não entregar o que a própria narrativa estava construindo. Querendo fazer uma crítica social grandiosa, Kurzel se perdeu e não soube executar todas as suas ideias para o longa.
A atuação de Jude Law perde todo o peso dramático pela falta de desenvolvimento O que Law entregou de expressões e esteriótipos, Hoult esqueceu de trazer para o personagem dele. Na pele do sociopata, Nicholas mantém a mesma expressão do começo ao fim do filme, no entanto, o personagem tem o melhor desenvolvimento.
Além desses pontos, os erros de continuação entre as cenas e a datação do período de caça aos terroristas é algo que atrapalha muito a conexão com a história.
Vale a pena assistir?
Com certeza, se você estiver disposto a entender mais sobre a história da ideologia supremacista nos Estados Unidos, e como de maneira velada ela ainda sustenta todo o país. Mesmo com os erros de execução e continuação, The Order não é um filme ruim. Longe disso, o filme contempla paisagens de tirar o folego, com uma fotografia impecável e excelentes cenas de ação. Justin Kurzel é criativo na captação de certas cenas, com ângulos interessantes mudando toda a perspectiva do ato.
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