O longa apresenta uma nova geração de mágicos e aposta em truques ainda mais tecnológicos
Após quase dez anos do último filme, a franquia dos ilusionistas retorna aos cinemas. O longa Truque de Mestre – O 3º Ato marca o reencontro dos Quatro Cavaleiros originais em uma nova aventura — e, claro, com muita mágica.
No terceiro filme da saga, J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson), Jack Wilder (Dave Franco) e Henley Reeves (Isla Fisher) se separaram após um truque dar errado. Anos depois, todos recebem uma carta d’O Olho, a misteriosa organização secreta de mágicos, e precisam trabalhar juntos mais uma vez. Além disso, um jovem trio de ilusionistas se junta ao time: Charlie (Justice Smith), Bosco (Dominic Sessa) e June (Ariana Greenblatt).
Choque geracional entre mágicos

Ao introduzir uma nova geração de ilusionistas, a narrativa adota uma estratégia clássica usada por franquias de longa duração, como Star Wars e Os Vingadores: a renovação do elenco principal. O longa busca fazer a transição entre os Cavaleiros originais e o novo grupo, que provavelmente assumirá o protagonismo nas próximas produções.
Cada jovem mágico tem habilidades e traços de personalidade que refletem as dos veteranos, quase como versões espelhadas. Porém, eles ainda não desenvolveram todo o seu potencial. Então, o quarteto assume o treinamento deles.
Embora a dinâmica corra o risco de parecer desgastada, ela funciona bem em “Truque de Mestre – O 3º Ato” e rende momentos divertidos. Os novos Cavaleiros são carismáticos — mérito tanto do roteiro quanto do elenco — e sustentam bem suas interações com o grupo original.
Entre os destaques na atuação, está Justice Smith. Ele interpreta Charlie com sutileza e sensibilidade. O personagem começa tímido e reservado, como o típico cara dos bastidores do show, mas cresce gradualmente até se tornar peça-chave no clímax da trama.
Ademais, Rosamund Pike também convence como Veronika Vanderberg. A antagonista não tem nada de inovador, mas entrega o que esperamos de uma vilã: é fria, dissimulada e seu maior segredo gera revolta no público.
Mesma fórmula, mais tecnologia

A produção mantém a estrutura que consagrou a franquia: os mágicos recebem uma missão, elaboram um plano e surpreendem o público com uma grande revelação final. Porém, a novidade está na evolução dos truques, que estão maiores e mais tecnológicos, inclusive com o uso de Inteligência Artificial (IA).
Além disso, se os dois primeiros atos são previsíveis, a fase final é sensacional e pega a audiência de surpresa. O roteiro constrói um mistério bem amarrado, e poucos conseguem desvendar sua resposta antes do último espetáculo dos mágicos.
O filme ainda presta homenagens diretas aos antecessores, seja por meio de diálogos ou repetição de truques icônicos. Depois de 11 anos do primeiro longa, é prazeroso ver os Quatro Cavaleiros reunidos novamente, com a mesma química de antes. Entretanto, em certos momentos, algumas dessas referências soam forçadas, usadas mais como ferramenta nostálgica do que como elemento narrativo.
Ademais, a qualidade visual da franquia permanece. O longa entrega ótimas sequências de ação, bem coreografadas e com uma câmera dinâmica que transmite o caos das cenas. Vale destacar também a escolha de cenários. Assim como nos outros filmes, os mágicos fazem muitas viagens, sempre para locações luxuosas, que são valorizadas pela direção de Ruben Fleischer.
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Vale a pena assistir “Truque de Mestre – O 3º Ato”?
Sim. O longa é divertido e mantém o espírito dos filmes anteriores. Apesar de não ser revolucionária, a produção entrega exatamente o que promete: mágica, ação e comédia. A trama é eletrizante e captura a atenção da audiência. É um ótimo ponto de partida para a nova fase da franquia.
“Truque de Mestre – O 3º Ato” chega aos cinemas brasileiros em 13 de novembro.
Imagem de capa: Lionsgate/Divulgação
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