Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis voltam afiadas em Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda, continuação que honra o clássico de 2003 com a magia Disney dos anos 2000
Depois de 22 anos, Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda chega para provar que a troca de corpos mais famosa da Disney ainda tem fôlego. O filme traz muita energia dos anos 2000 para encantar o público.
Ao invés de optar por um remake, o filme segue a linha da sequência, trazendo de volta grande parte do elenco original, incluindo Lindsay Lohan (Meninas Malvadas) e Jamie Lee Curtis (Halloween). A química entre elas parece ainda mais afiada do que em 2003.

Troca de corpos em dose quádrupla agita Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda
A trama expande o conceito: Tess (Curtis), agora avó, psicóloga e podcaster, e Anna (Lohan), hoje produtora musical e mãe solteira, veem suas vidas virarem do avesso quando uma leitura mística com Madame Jen (Vanessa Bayer) desencadeia uma troca de corpos quádrupla.
Além da dupla, entram na confusão Harper (Julia Butters), filha de Anna, e Lily (Sophia Hammons), filha de Eric (Manny Jacinto), novo interesse amoroso de Anna. O resultado é um épico geracional que mistura comédia pastelão, emoção genuína e uma boa dose de nostalgia.
O roteiro de Jordan Weiss e a direção de Nisha Ganatra acertam ao rechear a narrativa de referências ao filme original, mas sem alienar quem não o viu, novatos entenderão tudo sem problema.
O timing cômico e o ritmo são eficientes, e a diretora mantém a leveza característica da Disney dos anos 2000. A direção também lida bem com as múltiplas trocas de corpos, evitando uma confusão total e dando espaço para o elenco brilhar.
Porém, em certos trechos, a quantidade de trocas e as diversas subtramas podem dificultar o acompanhamento da narrativa, comprometendo um pouco sua fluidez.

Elenco afiado e nostalgia garantem o charme do novo filme
Entre os retornos, Mark Harmon, Chad Michael Murray e Stephen Tobolowsky garantem acenos carinhosos ao passado. Já Ryan Malgarini, como o irmão de Anna, merecia mais tempo de tela.
E embora Manny Jacinto entregue uma performance sólida, seu papel inevitavelmente traz à mente Jason Mendoza de The Good Place, tamanha a lembrança marcante do personagem.
Curtis brilha ao se entregar sem reservas à pele de uma adolescente de 15 anos, enquanto Lohan traz maturidade à irreverência que a consagrou – embora um toque extra de humor para ela teria sido bem-vindo.
Butters e Hammons, como as adolescentes rivais forçadas a conviver, são outro ponto alto. No fim, a confusão de identidades é grande, mas o filme entrega exatamente o que promete: uma comédia leve e divertida. Acima de tudo, é um filme com coração, perfeito para fãs antigos e novos.
Se Sexta-Feira Muito Louca conquistou por ser um clássico improvável da Disney dos anos 2000, sua continuação vem para reafirmar o encanto da fórmula. Ela prova que, às vezes, reviver o passado pode ser tão divertido quanto a primeira vez.

LEIA MAIS: Crítica | Meu Ano em Oxford é uma comédia romântica com reflexão sobre a vida
Vale a pena assistir Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda?
Considerando o equilíbrio entre nostalgia e frescor, Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda consegue agradar diferentes gerações. O filme oferece humor físico, momentos emocionantes e um elenco claramente à vontade com seus papéis.
Para quem cresceu com o original, é uma oportunidade de revisitar personagens queridos sob uma nova perspectiva. Para os mais jovens, é uma comédia acessível e cheia de ritmo.
Vale a pena assistir, especialmente se a ideia for se divertir sem pretensão. Além disso, o filme permite experimentar um pouco da energia leve e caótica que marcou a Disney dos anos 2000.
Imagem de capa: Disney/Divulgação
Para mais textos e notícias do universo geek sigam o GeekPop News no Instagram e Facebook.