“Escrever é disparar flechas com as palavras”. Essa frase parece ser a premissa do livro de contos “De repente nenhum som” do jornalista, escritor e crítico literário Bruno Inácio. Com lançamento programado para o dia 21 de setembro, o livro busca se voltar para o personagem, desse modo tentando entender como ele fala e pensa: 

“Esse, provavelmente, foi o aspecto em que mais investi meu tempo, pois acredito que a linguagem é tão importante quanto a história em si. Por conta disso, embora seja um livro bastante curto, levei cerca de três anos para escrevê-lo”, afirma o autor.

Dessa forma, o autor traz narrativas que abordam relações familiares e discutem temas como velhice, solidão, luto e principalmente o silêncio. Portanto, o foco na linguagem é importante, uma vez que o autor a considera tão importante quanto a história em si. O autor optou por contos, por considerar as narrativas curtas mais intrigantes. 

Entre os títulos dos textos estão “A Porta Amarela”, “O Céu de Ninguém”. O autor teve a ideia de escrever a obra após uma experiência pessoal traumática. A avó dele caiu sozinha em casa, e não teve forças para se levantar. Desse modo, Bruno passou a refletir sobre a fragilidade. Esse inclusive é o enredo central de “O Céu de Ninguém”, onde uma idosa cai em casa e se sente humilhada pela incapacidade de se levantar.

Sobre o escritor

Bruno Inácio nasceu em Ituverava, no interior de São Paulo. Radicado em Uberlândia (MG), é jornalista e crítico literário. É colaborador do Jornal Rascunho e da São Paulo Review. Além disso, já publicou textos em veículos como Le Monde Diplomatique, Rolling Stone Brasil e Jornal Estado de Minas. Também é autor do livro “Desemprego e outras heresias”, pela Sabiá Livros, mesma editora pela qual vai lançar “De repente nenhum som”.