Graduado em Direito pela Uniube, filho de professora fala sobre o desejo de lecionar no Ensino Superior e como é gratificante contribuir com a formação dos alunos

Alguns escolhem a profissão na beira da maioridade, pressionados pelo vestibular e pela dúvida. Outros decidem bem antes, ainda na infância, quando as certezas cabem em poucas palavras. Marcelo Ferreira Cordeiro pertence ao segundo grupo.

Filho de professora, cresceu entre livros didáticos e pilhas de cadernos corrigidos. Formou-se em Direito pela Universidade de Uberaba (Uniube) e então, anos depois, voltou ao mesmo campus, mas agora do lado que entrega as notas.

Neste Dia dos Professores, a história de Marcelo resume um trajeto menos comum: o do aluno que nunca saiu da escola, apenas mudou de cadeira.

De aluno de Direito a professor do curso

Marcelo Ferreira Cordeiro decidiu que faria Direito quando tinha por volta de 11 ou 12 anos. Mesmo com a pouca idade, a decisão foi definitiva. Não havia advogados na família, nem histórias de tribunais. Havia uma mãe professora, o giz, o quadro e um talento, talvez herdado geneticamente. Por fim, quando chegou a hora do vestibular, ele não teve dúvidas: escolheu o curso já definido desde a pré-adolescência.

Logo entrou na Uniube e fez o que todo aluno disciplinado faz: estudou, formou-se, passou na OAB e virou advogado. O diploma veio em 2013, e com ele a rotina de petições, prazos e audiências. Em 2016, concluiu um mestrado. Dois anos de prática legal depois, Marcelo recebeu um chamado de volta à sua alma mater.

O retorno o levaria a uma posição que jamais esteve, assumindo as salas de aula do mesmo curso que lhe deu preparo para ter acesso aos tribunais. Marcelo começou a lecionar na Uniube em 2018, unindo assim a profissão de sua mãe que lhe inspirou tantos anos atrás com a escolha do curso que fez quando era apenas um menino.

A inspiração para ser professor

Então, hoje aos 37 anos, Marcelo divide o tempo entre os tribunais e as salas de aula. São sete anos lecionando, e ele ainda não pensa em parar. A rotina não é leve, mas ele garante que o cansaço vem com satisfação incluída. “Sempre tive desejo de lecionar. Para mim, dar aula é a realização de um sonho pessoal e profissional”, diz.

Concluiu o doutorado em 2024 e mantém o mesmo entusiasmo de quando começou. Perguntado se vale a pena, responde que sim, sem hesitar. Diz que, acima de tudo, é gratificante contribuir para o aprendizado dos alunos.

Portanto, para quem deseja adentrar em uma sala de aula na posição de professor, com base na própria experiência e no sentimento de realização profissional, Cordeiro é sucinto ao dizer que vale muito a pena conquistar esse objetivo.

Créditos: Marketing Uniube