Hoje é o Dia Mundial da Poesia, uma data para celebrar essa arte em suas diversas formas. Com o avanço da tecnologia, novas maneiras de se fazer poesia surgiram, e a poesia falada não ficou para trás. Um grande exemplo dessa reinvenção é o slam.

O slam de poesia é uma competição de poesia falada que tem ganhado cada vez mais espaço, especialmente nas redes sociais. Criado na década de 1980 em Chicago, o slam se espalhou pelo mundo e se consolidou como um movimento importante dentro da literatura.

Nessa competição, a poesia precisa ter ritmo e performance, abordando temas relevantes tanto para o poeta quanto para a sociedade. Além disso, há um tempo limite para a apresentação, e os jurados são escolhidos entre o público, tornando a experiência interativa e dinâmica.

O slam se popularizou no Brasil nos anos 2000 e hoje conta com diversos campeonatos, como o Slam BR, que leva os vencedores para competições internacionais.

Com a era digital, o slam encontrou um espaço ainda maior nas redes sociais, ampliando seu alcance e engajando novos públicos. Além disso, os audiobooks têm contribuído para tornar a poesia falada mais acessível, aproximando essa arte de diferentes audiências.

A poesia falada e o cordel

Outra importante vertente da poesia falada é o cordel. Como manifestações populares e orais da literatura, o cordel e o slam compartilham o apreço pela palavra falada e pelo ritmo poético.

No cordel, a poesia era originalmente transmitida oralmente antes de ser impressa em folhetos. Suas rimas bem definidas e formas fixas facilitam a memorização, tornando a narrativa acessível a diferentes públicos.

Além disso, o cordel valoriza a cultura popular, trazendo histórias, lendas e críticas sociais, consolidando-se como uma ferramenta de democratização da poesia. Assim como o slam, ele se tornou uma forma de resistência, dando voz a questões importantes.

Ambas as expressões poéticas se unem no propósito de resistir, expressar e amplificar a voz do povo, mantendo viva a tradição da oralidade na literatura.