Obra reúne histórias vivenciadas pelos artistas da organização nos hospitais públicos do Recife
A Associação Doutores da Alegria nasceu em 1991 com o objetivo de levar a arte do palhaço ao universo da saúde. Os artistas intervêm com crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social. Com isso, o programa de visita de palhaços nos hospitais é o coração da organização. Assim, o projeto transita pelos campos da saúde, da cultura e da assistência social.
Desse modo, as intervenções acontecem em 13 hospitais públicos de São Paulo, Recife e Rio de Janeiro. As ações também impactam acompanhantes e profissionais das unidades de saúde. Os palhaços realizam visitas semanais nas alas pediátricas e adultas, mudando a rotina hospitalar e a experiência de internação.
Para comemorar os 34 anos de fundação, a Associação Doutores da Alegria lança o livro de contos “Coletânea Conta Causos”, de forma independente. Com isso, a obra reúne textos inspirados em histórias reais dos encontros entre palhaços e crianças hospitalizadas, seus acompanhantes e profissionais de saúde no Recife, capital do Pernambuco. Assim, o material foi organizado pelo coordenador artístico do grupo na capital pernambucana, Arilson Lopes, e pelo diretor de formação da Associação, Luciano Pontes. Além disso, as ilustrações são da artista visual recifense Simone Mendes.
“A coletânea é uma forma de ampliar a visibilidade do nosso trabalho, compartilhando a nossa atuação nos hospitais com pessoas que não necessariamente vão passar pela experiência de acompanhar um atendimento dos Doutores da Alegria”, analisa Arilson Lopes.
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Cultura e saúde lado a lado

Em suas páginas, o livro traz um olhar sobre a experiência do palhaço diante da criança no ambiente hospitalar. Assim, demonstra como os artistas realçam o lado saudável dos pacientes a partir de seu universo lúdico. Por outro lado, aproxima os leitores do dia a dia desses artistas.
Para Luciano Pontes, a obra também é uma oportunidade de reflexão para os artistas diante de um dos principais questionamentos no dia a dia de trabalho. “Sempre nos perguntam como nós, artistas, lidamos com as questões delicadas relacionadas ao hospital, como doença e morte. Em cada conto, os palhaços tiveram a oportunidade de responder esse questionamento de maneira poética”, finaliza Pontes.
Imagem capa: Redes Sociais (Instagram/@doutoresdaalegriaoficial)
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