Eliana Alves Cruz mostra desafios familiares em meio à desigualdade

Com uma prosa leve e precisa, Eliana Alves Cruz leva o leitor ao interior do processo de ascensão social de uma família negra em “Meridiana”. Cada personagem conta a própria história em primeira pessoa, mostrando a complexidade desse processo, que não é igual para ninguém. 

Desse modo, a obra mostra um país repleto de desigualdades e divisões. Assim, “Meridiana” é uma forma de observar a realidade sob diferentes ângulos e identificar caminhos que nos levem a algum diálogo. A autora busca mostrar como guardar as conquistas e passá-las para as futuras gerações. 

Identificação e compreensão imediata. Foi assim que Meridiana me chegou. Os dilemas da ascensão social são retratados em detalhes tão particulares e íntimos que pareceram uma memória viva de minha casa. Questões comumente enfrentadas por uma pessoa preta ao adentrar novos círculos sociais surgem de um modo tão fiel que até arrepia. É o tipo de livro que dá vontade de economizar páginas, pra ficar lendo mais tempo. ― Lázaro Ramos”

“Sair da favela e ingressar na vida de classe média era o grande sonho de Aurora e Ernesto. Esse propósito era alimentado pelo amor e pelo desejo de criar filhos “prósperos, exemplares e respeitados pela melhor sociedade”.

Trecho do Livro

Sobre a autora

Eliana Alves Cruz é jornalista, escritora e roteirista. Indicada ao International Emmy Awards de 2024, por seu trabalho na série Anderson Spider Silva. É autora de A vestida (2022), conto vencedor do Prêmio Jabuti de 2022. Também é autora do romance “Solitária” (2022).