Ler é uma das melhores formas de ampliar o repertório sociocultural e desenvolver um pensamento crítico, habilidades essenciais para quem deseja se destacar na redação do Enem, vestibulares e concursos. Nesse sentido, a literatura produzida por autoras brasileiras oferece um vasto material para reflexão sobre questões sociais, históricas e culturais do país. A seguir, destacamos seis autoras cujas produções literárias são valiosas para quem busca aprimorar seu desempenho nos exames.
Conceição Evaristo: a literatura da “escrevivência”

A escritora mineira Conceição Evaristo utiliza sua experiência de vida para construir narrativas profundas e impactantes. Seu conceito de “escrevivência” traduz a intersecção entre literatura e vivência, abordando sobretudo temas como racismo, identidade e resistência. Obras como “Olhos d’água” e “Canção para ninar menino grande” oferecem uma visão sensível sobre a história e os desafios da população negra no Brasil, sendo referências essenciais para discussões sobre desigualdade e justiça social.
Lygia Fagundes Telles: a introspecção e a condição feminina

Lygia Fagundes Telles, uma das maiores escritoras do Brasil, é conhecida por sua narrativa psicológica e por explorar questões femininas e sociais. Em “As meninas”, por exemplo, a autora traça um retrato marcante da juventude durante a ditadura militar, discutindo temas como opressão política, sexualidade e papel da mulher na sociedade. Esses temas são fundamentais para argumentações em redações sobre direitos humanos e política.
Angélica Freitas: a poesia como crítica social

Angélica Freitas é uma voz contemporânea importante na poesia brasileira. Primeiramente, seu livro “O útero é do tamanho de um punho” faz uma crítica contundente aos padrões de gênero e à sociedade patriarcal. A linguagem inovadora e provocativa da autora proporciona um material relevante para reflexões sobre feminismo, igualdade de gênero e representação feminina na literatura.
Júlia Lopes de Almeida: a literatura e os desafios da mulher na sociedade

Antes de mais nada, no final do século XIX, Júlia Lopes de Almeida escreveu sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres em um mundo dominado por homens. Seu romance “A falência” aborda questões econômicas, sociais e de gênero, evidenciando as limitações impostas às mulheres para alcançar a independência financeira. Assim, a leitura de suas obras permite ao estudante compreender as raízes históricas da desigualdade de gênero, um tema recorrente nas provas.
Clarice Lispector: a subjetividade e a condição humana

Clarice Lispector é uma das escritoras mais estudadas na literatura brasileira. Seus textos trazem uma perspectiva introspectiva sobre a existência, explorando sentimentos e dilemas humanos. “A hora da estrela e Laços de família” são obras que permitem debates sobre identidade, desigualdade social e condição feminina, proporcionando excelentes referenciais teóricos para redações.
Rachel de Queiroz: pioneirismo na literatura brasileira

Primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, Rachel de Queiroz retratou com profundidade a vida no sertão nordestino. Seu romance “O quinze” é um marco da literatura regionalista e discute temas como seca, pobreza e migração forçada. Além disso, “Caminho de pedras” trata da luta da mulher por autonomia e liberdade.
Essas temáticas oferecem uma visão crítica e histórica sobre o Brasil, sendo fontes valiosas para argumentações sobre questões socioeconômicas. Ler essas autoras não apenas aprimora o repertório para a redação, mas também estimula o pensamento crítico e a capacidade argumentativa. Portanto, para quem deseja se destacar nas provas e desenvolver uma visão mais ampla da realidade brasileira, essas leituras são indispensáveis.
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