“Pequenas Criaturas” e “Ato Noturno” lideram a lista de vencedores do Festival do Rio, que encerrou sua mostra anual com troféus Redentor e Félix

O Festival do Rio 2025 encerrou sua edição no último domingo (12), premiando as melhores produções nacionais exibidas durante a mostra, que começou em 2 de outubro.

O Redentor de Melhor Longa-Metragem de Ficção, considerado o principal prêmio do evento, foi concedido a “Pequenas Criaturas“, estrelado por Carolina Dieckmann.

Dirigido por Anne Pinheiro Guimarães, “Pequenas Criaturas” acompanha Helena (Dieckmann), que enfrenta a ausência do marido enquanto cuida dos filhos em Brasília, nos anos 1980.

Outro destaque da premiação foi “Ato Noturno“, dirigido por Marcio Reolon e Filipe Matzembacher. O longa levou os Redentores de Melhor Ator, Melhor Roteiro e Melhor Fotografia, além do Félix de Melhor Filme, prêmio destinado a produções LGBQTIAPN+.

Festival do Rio - Ato Noturno
Cena de “Ato Noturno” | Foto: Festival do Rio/Reprodução

Lista completa dos vencedores

A cerimônia distribuiu prêmios em diversas categorias, contemplando longas-metragens de ficção e documentários, curtas e prêmios especiais do júri. Entre os principais vencedores, destacam-se:

Troféu Redentor

  • Melhor Longa-Metragem de Ficção: Anne Pinheiro Guimarães, por “Pequenas Criaturas
  • Melhor Longa-Metragem de Ficção (Voto Popular): Susanna Lira, por #SalveRosa
  • Melhor Longa-Metragem Documentário: Tainá Müller e Ísis Broken, por Apolo
  • Melhor Longa-Metragem Documentário (Voto Popular): Natasha Neri e Gizele Martins , por “Cheiro de Diesel
  • Melhor Curta-Metragem: Pedro de Alencar, Sebastiana e Fábio Leal, por “O Faz-Tudo
  • Melhor Direção de Ficção: Rogério Nunes, por “Coração das Trevas
  • Melhor Direção de Documentário: Mini Kerti, por “Dona Onete – Meu Coração Neste Pedacinho Aqui
  • Melhor Ator: Gabriel Faryas, por “Ato Noturno
  • Melhor Atriz: Klara Castanho, por #SalveRosa
  • Melhor Ator Coadjuvante: Alejandro Claveaux, por “Ruas da Glória
  • Melhor Atriz Coadjuvante: Diva Menner, por “Ruas da Glória
  • Melhor Roteiro: Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, por “Ato Noturno
  • Melhor Montagem: André Finotti, por Honestino
  • Melhor Fotografia: Luciana Baseggio, por “Ato Noturno
  • Melhor Direção de Arte: Claudia Andrade, por “Pequenas Criaturas
  • Melhor Figurino: Renata Russo, por #SalveRosa
  • Melhor Som: Ariel Henrique e Tales Manfrinato, por “Love Kills
  • Melhor Trilha Sonora Original: Plínio Profeta, por Apolo
  • Prêmio Especial do Júri: Natasha Neri e Gizele Martins, por “Cheiro de Diesel
Festival do Rio - Ato Noturno
Um ator e um político vivem um caso em sigilo | Foto: Festival do Rio/Reprodução

Novos Rumos

  • Melhor Curta-Metragem: Luciana Vieira e Marcel Beltrán, por “Ponto Cego
  • Menção Honrosa: Douglas Henrique, por “Os Arcos Dourados de Olinda
  • Melhor Longa-Metragem: Jonatas Rubert e Tiago Rubert, por “Uma em Mil
  • Melhor Longa-Metragem (Voto Popular): Clarissa Appelt e Daniel Dias, por “A Herança de Narcisa
  • Melhor Direção: João Borges, por “Espelho Cigano
  • Melhor Ator: Márcio Vito, por “Eu Não Te Ouço
  • Melhor Atriz: Ana Flavia Cavalcante e Mawusi Tulani, por Criadas
  • Menção Honrosa de Melhor Atriz: Docy Moreira, por “Espelho Cigano
  • Prêmio Especial do Júri: Ângela Leal e Leandra Leal, por “Nada a Fazer

Prêmio Félix

  • Melhor Filme Brasileiro:Ato Noturno
  • Melhor Filme Internacional:A Sapatona Galáctica” (Lesbian Space Princess)
  • Melhor Documentário: Allan Ribeiro, por “Copacabana, 4 de Maio
  • Prêmio Especial do Júri: Anna Cazenave Cambet, por “Me Ame com Ternura” (Love Me Tender)

Além dos troféus principais, menções honrosas e prêmios de votação popular destacaram produções que abordam diversidade, questões sociais e formatos experimentais, evidenciando o crescimento do cinema nacional em pluralidade temática e inovação narrativa.

A Sapatona Galáctica
A Sapatona Galáctica | Foto: Reprodução/Festival do Rio

Cinema nacional e diversidade em evidência

O Festival do Rio 2025 reforçou o papel das premiações em promover produções que dialogam com questões contemporâneas, incluindo direitos LGBQTIAPN+, representatividade infantil e narrativas femininas.

A vitória de “Ato Noturno” e “Pequenas Criaturas” ilustra como filmes nacionais combinam pesquisa histórica, construção de personagens e linguagens visuais para refletir experiências humanas complexas.

O reconhecimento de diretores, atores e equipes técnicas, como fotografia, direção de arte e roteiro, aponta para o crescimento do cinema brasileiro em termos de produção técnica e narrativa.

Ao mesmo tempo, premiações de voto popular e menções especiais demonstram a atenção do público a histórias que se conectam com temas de atualidade e diversidade cultural.

Impacto do Festival do Rio no cenário audiovisual

O Festival do Rio continua sendo um espaço estratégico para a exibição de produções independentes e de grandes estúdios nacionais.

Além de incentivar debates sobre identidade, gênero e contexto social, o evento funciona como vitrine para novos talentos e garante visibilidade internacional a filmes que, de outra forma, teriam circulação restrita.

As premiações deste ano evidenciam tendências do cinema brasileiro, como a combinação de drama e comédia, o uso de elementos históricos para construir narrativas contemporâneas e a valorização de elencos diversificados.

Com o destaque para produções que tratam de experiências humanas em contextos variados, o festival reafirma sua função de integrar crítica, público e mercado audiovisual.

Imagem de capa: Festival do Rio/Reprodução