Entre romances, ensaios e estudos críticos, as obras da Flup 2025 revelam a força das vozes que reencantam o mundo por meio da linguagem
Entre publicações inéditas e títulos recém-lançados, dezesseis obras se destacam na programação da Festa Literária das Periferias (Flup). O evento literário ocorre de 19 a 23 e de 27 a 30 de novembro no Viaduto de Madureira, na CUFA (Central Única das Favelas) e no Zê Êne, no Rio de Janeiro.
Com o tema Ideias para Reencantar o Mundo: Escrevivências, Sonhos e Batidões, a edição deste ano tem patrocínio master da Shell, integra a Temporada Cultural França – Brasil. Além disso, a edição presta homenagem à escritora Conceição Evaristo, celebrando a potência da palavra como ferramenta de transformação social.
Mais sobre a Flup 2025
A programação da Flup 2025 apresenta literaturas do Caribe, da África e das diásporas negras francófonas. Portanto, a festa reúne publicações da Bazar do Tempo, Ubu Editora, Oficina Raquel, Todavia, Meia Azul, Editora 34 e Jandaíra.
Entre romances, ensaios, manifestos e estudos críticos, as dezesseis obras formam um painel de pensamento decolonial e criação afrodiaspórica. Assim, a festa literária revela a força das vozes que reencantam o mundo por meio da linguagem, da filosofia e do sonho.

Ainda mais, a programação conta com autores, artistas e pensadores importantes. Alguns dos nomes de destaque são Michelle Alexander, Ana Maria Gonçalves, Mireille Fanon Mendès-France e Steve McQueen. Já a programação musical inclui shows de Sandra Sá, Mano Brown, Luedji Luna, Jonathan Ferr, Mart’nália e Majur.
A Flup 25 ocorre a partir da colaboração entre o Ministério da Cultura, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Cultura e a Shell, com seu patrocínio master.
Conheça algumas das obras inéditas
Um dos livros que se destaca é “Sabedoria dos Cipós”, de Dénètem Touam Bona. Misturando filosofia, antropologia e poesia, a obra convida à reinvenção do olhar e à escuta das existências que escapam às hierarquias da modernidade ocidental.
Outra obra que faz parte da programação é o livro “Banho de Lua”, que tem assinatura de Yanick Lahens. Aqui, a autora reconstrói a saga de três gerações de duas famílias inimigas que vivem em um vilarejo do Haiti. Assim, o livro discute tensões de classe, raça e política que refletem as dores do país
Mais um exemplo é a obra “Fugas Decoloniais”, de Olivier Marboeuf. O autor encontra um espaço para refletir sobre o poder da arte e da economia neoliberal na manutenção de estruturas coloniais.
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A lista completa inclui “Eva dos Seus Escombros”, de Ananda Devi, “Escrever em País Dominado”, de Patrick Chamoiseau e “A Dissociação”, com autoria de Nadia Yala Kisukidi. Além disso, nomes como Audre Lorde, Christina Sharpe, Malcom Ferdinand e Anne Lafont também participam da seleção.
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