Francisco Cuoco, um ícone da TV e do cinema nacional, faleceu aos 91 anos ontem (19) e deixa um legado marcante na cultura popular brasileira
Com uma carreira que atravessou mais de seis décadas, Francisco Cuoco consolidou-se como um dos atores mais respeitados da televisão, do cinema e do teatro nacional. Seu trabalho ajudou a moldar a identidade da teledramaturgia brasileira, sendo presença constante em novelas que marcaram época e emocionaram diferentes gerações.
Natural de São Paulo, Cuoco nasceu em 29 de novembro de 1933 e iniciou sua trajetória artística no teatro nos anos 50, após cursar Direito e ingressar na Escola de Arte Dramática da cidade. Ainda criança, no tradicional bairro do Brás, se encantou com o circo instalado em um terreno baldio próximo de sua casa, e ali começou sua paixão pela arte.
Na TV Globo, Francisco Cuoco deu vida a personagens que entraram para a memória afetiva do público, como o inesquecível engenheiro Cristiano Vilhena, protagonista de Selva de Pedra (1972). Ao longo dos anos, também brilhou em títulos emblemáticos como O Astro (1977), Pecado Capital (1975) e O Salvador da Pátria (1989), consolidando-se como o grande símbolo do galã brasileiro durante os anos dourados da teledramaturgia.
Mais recentemente, seu último trabalho na emissora foi na sitcom No Corre, exibida pelo canal Multishow em 2023. Antes disso, Cuoco fez uma participação especial interpretando a si mesmo na novela Salve-se Quem Puder (2020). Além disso, integrou o elenco do especial de fim de ano Juntos a Magia Acontece (2019) e participou de um episódio do programa humorístico Tá no Ar: A TV na TV, também em 2019.
Francisco Cuoco: um legado de talento, versatilidade e dedicação à dramaturgia brasileira
Ao longo da carreira, Francisco Cuoco participou de mais de 30 novelas e também se destacou em séries e minisséries marcantes, como Carga Pesada (1970) e As Noivas de Copacabana (1992). Além disso, contribuiu significativamente para o cinema nacional, com atuações notáveis em filmes como O Xangô de Baker Street (2001) e Xica da Silva (1976).
Sua versatilidade foi evidenciada em papéis tanto cômicos quanto dramáticos, transitando com naturalidade entre narrativas urbanas e históricas, do clássico ao popular. Em reconhecimento a essa trajetória plural, o ator foi homenageado diversas vezes ao longo da vida por sua contribuição inestimável ao entretenimento e à cultura nacional.
Reconhecido pelos colegas e admirado pelo público, Cuoco se manteve artisticamente ativo por décadas, consolidando-se como um símbolo de longevidade e dedicação à profissão. Mesmo em suas últimas participações, como em A Dona do Pedaço (2019), continuava a encantar os telespectadores com seu carisma e talento inconfundíveil.
Francisco Cuoco deixa três filhos, Rodrigo, Diogo e Tatiana. O velório acontece hoje (20) e será aberto ao público das 7h às 15h, no Funeral Home, no bairro da Bela Vista, em São Paulo. O enterro será restrito a familiares e amigos. A morte de Cuoco representa uma perda irreparável para o audiovisual brasileiro. Ele não foi apenas um ator de destaque, mas um pilar da ficção televisiva, responsável por elevar o padrão das produções nacionais e inspirar novas gerações de artistas.
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Despedidas e homenagens marcam adeus ao ator nas redes sociais
Nas redes sociais, amigos, colegas de cena e fãs têm prestado suas homenagens ao ator. Ao mesmo tempo, relembram momentos marcantes vividos ao lado de Francisco Cuoco, destacando sua importância para a cultura brasileira.
Imagens e depoimentos emocionados circulam como forma de agradecimento a um artista que, ao longo de décadas, dedicou sua vida à arte e ao público. Diante disso, as despedidas ganham força como testemunho da admiração e do carinho de quem compartilhou sua jornada. Confira abaixo os tributos a Francisco Cuoco.
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