A espera dos fãs de ‘Death Stranding’ finalmente acabou! A sequência do jogo está disponível no mercado a partir desta quinta-feira (26). Dessa vez, para a tristeza de quem possui outros consoles, o lançamento terá exclusividade para o PlayStation 5, sem confirmação para Xbox ou Nintendo.

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‘Death Stranding 2: Na Praia’ conta com o retorno do trio protagonista Sam Porter Bridges, Fragile e Higgs, vividos novamente por Norman Reedus, Léa Seydoux e Troy Baker. Além disso, é claro que a mente por trás do game não poderia ser outra: Hideo Kojima, grande desenvolvedor japonês responsável pelo primeiro game.

O título também marca o 16º lançamento da carreira de Kojima desde 1986 como diretor, produtor e roteirista. Seu primeiro grande trabalho foi, é claro, o clássico Metal Gear, de 1987, que marcou época no NES e se tornou uma das franquias mais longevas da história.

Reprodução: PlayStation via YouTube

Explosão com Metal Gear fez Kojima se tornar a peça-chave da Konami

Dando início a um trabalho que durou 29 anos na Konami, o primeiro projeto de Kojima foi discreto, como diretor assistente em ‘Penguin Adventure’, game de corrida lançado em 1986 para os microcomputadores MSX da Microsoft. Em seguida, seu primeiro projeto autoral ganhou espaço na Konami, apesar da relutância da empresa em dar o devido crédito e confiar em Kojima. As diferenças criativas, inclusive, quase fizeram o desenvolvedor deixar a empresa, como o próprio confessou em entrevista.

O projeto autoral que levanta tantas dúvidas na Konami era nada menos do que ‘Metal Gear’, game que explodiu para o MSX e se transformou em carro-chefe da Konami. Especialmente com ‘Metal Gear Solid’, em 1998, que não foi somente um grande acerto da desenvolvedora japonesa, mas também um dos jogos responsáveis por consolidar o PlayStation como um fenômeno.

O sucesso não foi por acaso, visto que o jogo criado por Kojima foi um dos pioneiros na introdução de narrativas cinematográficas aos videogames. Dessa forma, a franquia ganhou outros 18 títulos com o desenvolvedor no comando, abraçando também as futuras gerações do PlayStation, PSP, Xbox e Nintendo 3DS.

Além disso, Kojima também foi fundamental para ‘Snatcher’, ‘Policenauts’, ‘Boktai’ e ‘Zone of the Enders’. Após 28 anos no comando de ‘Metal Gear’, o japonês anunciou seu “divórcio” da Konami após ‘Metal Gear Solid V: The Phantom Pain’, em 2015. Com a saída, o projeto ambicioso para ‘Silent Hills’, em parceria com Guillermo del Toro, foi engavetado e seu estúdio interno na Konami, a Kojima Productions foi dissolvido.

Saída da Konami e criação de Death Stranding

A saída da gigante japonesa, no entanto, marcou o recomeço da Kojima Productions, agora como um estúdio independente que, é claro, dava total liberdade criativa para seu fundador. Em 2016, a empresa anunciou ‘Death Stranding’ em parceria com a Sony, marcando seu primeiro projeto pós-Konami. Assim, como era de se esperar de seu projeto 100% autoral, Kojima recrutou Norman Reedus, que teria estrelado o projeto cancelado de Silent Hills, além de Guillermo del Toro.

Com lançamento em 2019 exclusivo para PlayStation 4, ‘Death Stranding’ alcançou o sucesso esperado, chamando atenção pela proporção narrativa e cinematográfica que marcou a carreira de Kojima. O game rendeu ao desenvolvedor o prêmio de Melhor Direção no The Game Awards.

Kojima quase desistiu de Death Stranding 2: Na Praia

Apesar da ambição cinematográfica ser uma marca registrada de sua carreira, ‘Death Stranding 2: Na Praia’ se provou um desafio particular. Não à toa, a dimensão do jogo junto ao seu desenvolvimento durante a pandemia fez com que o game quase não saísse do papel.

“Tivemos a pandemia, é claro. Não era possível fazer reuniões pessoalmente. Eu nem conheci os atores. O elenco estava definido, mas durante a pandemia, achei que não conseguiria. Eu também fiquei doente, parecia o fim do mundo. Crio jogos há anos, mas ‘Death Stranding 2’ foi o mais difícil até agora. Então, quase cheguei ao ponto de desistir, mas voltei e me reconectei comigo mesmo”, explicou Kojima durante coletiva.