O que é a branquitude? É o termo que define como as pessoas brancas estiveram em posições privilegiadas no decorrer dos anos. Dessa forma, em “Imagens da Branquitude” a escritora e historiadora Lilia Schwarcz analisa como as principais imagens e símbolos sociais perpetuam o racismo. Desde o século XVI até a atualidade, mapas, monumentos públicos, fotografias, assim como a publicidade, foram ao longo dos anos influenciados por práticas racistas.

A autora lembra que as imagens nos afetam diretamente. Além disso, os esquemas visuais transmitidos à sociedade no decorrer dos anos favoreceram a hierarquização. A branquitude sempre foi dominante e essa concepção não é natural. Assim como explica a análise feita pelo jornalista e advogado Thiago Amparo:

“Eis o superpoder da branquitude: ser, ao mesmo tempo, invisível e onipresente. Suas teias de privilégios integram a paisagem do país do racismo por denegação. Neste livro, Lilia Schwarcz propõe um antídoto poderoso para desvendar a capa de invisibilidade que caracteriza a branquitude: ler seus rastros em imagens que compõem nossa história e imaginário. Por trás de tantas imagens lidas aqui por Lilia há um país inteiro que ainda precisa se ver no espelho e que, por meio desta obra-prima, Schwarcz nos permite enxergar com a clarividência que nos faltava. 

“Imagens da Branquitude” está disponível para venda no site da Companhia das Letras.

Sobre a autora

Lilia Moritz Schwarcz é professora sênior do departamento de Antropologia da USP e professora visitante na Universidade de Princeton (EUA). É autora de “O espetáculo das raças” (1993), “As barbas do imperador” (1998), “Brasil: uma biografia” (2015), “Lima Barreto – Triste visionário” (2017) e “O sequestro da Independência” (2022), entre outros livros. Também foi organizadora de outros trabalhos. É vencedora do Prêmio Jabuti e foi eleita Imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2024.